Uso do ‘onde’, hífen, adjetivos: o que caiu na prova de português do CNU e como resolver

Governo da Bahia abre inscrições para auxílio permanência estudantil nas universidades públicas estaduais
Para professores, os assuntos cobrados e o nível de dificuldade das questões estavam dentro do que era esperado para uma prova elaborada pela Fundação Cesgranrio. Enem dos Concursos: correção da questão sobre ciências e tecnologia (Ensino Médio)
O Concurso Nacional Unificado (CNU) contou com uma prova de língua portuguesa para os candidatos a vagas que exigem somente ensino médio. Os participantes de nível superior fizeram avaliações diferentes.
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Para professores especializados na área, os assuntos cobrados e o nível de dificuldade das questões de português estavam dentro do que era esperado para uma prova elaborada pela Fundação Cesgranrio, apesar de essa ter sido a primeira edição do chamado "Enem dos concursos".
"A gente nunca vai dizer que uma prova foi fácil, mas premiou quem estudou no perfil da banca", diz o professor Felipe Luccas, do Estratégia Concursos.
Ao todo, foram 15 questões de múltipla escolha de língua portuguesa, sendo seis relacionadas a um artigo do Ipea sobre ciência e tecnologia, e que cobravam interpretação textual. As outras nove foram perguntas sobre gramática.
No vídeo acima, a professora Adriana Figueiredo, também do Estratégia, explicou como fazer uma leitura aprofundada do texto para compreender, além do conteúdo, a forma como as ideias foram organizadas no artigo.
Na parte de gramática, a banca cobrou conhecimentos sobre hífen, adjetivos, concordância, prefixo e o uso do correto "onde", entre outros assuntos. Veja nos vídeos abaixo a correção das principais questões.
⌛ TEMPO CURTO? – Essa parte do exame foi aplicada no período da manhã. Os participantes, de nível médio, tiveram 2h30 para responder as 15 questões e escrever uma redação, entre 25 e 30 linhas.
Por isso, além de estudar o conteúdo, o candidato precisava treinar a gestão do tempo durante o preparo para o exame, explicam os professores.
À tarde, o concurso continuou, com mais 45 questões de múltipla escolha de matemática, noções de direito e realidade brasileira, que deveriam ser respondidas em até 3 horas.
Correção da prova de português do CNU
O modelo de prova utilizado para corrigir as questões foi o "gabarito 1". Assim, dependendo do caderno que o candidato pegou no momento do exame, a ordem das questões e das alternativas estarão diferentes.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Questão sobre recurso argumentativo / resposta: C
'Enem dos concursos': professores fazem correção de questão sobre recurso argumentativo (Ensino Médio)
Reprodução/g1
Enem dos concursos: correção da questão sobre recurso argumentativo (ensino médio)
Questão sobre organização temática do texto / resposta: B
'Enem dos concursos': professores fazem correção de questão sobre organização temática do texto (Ensino Médio)
Reprodução/g1
Enem dos concursos: correção da questão sobre organização temática do texto (ensino médio)
Questão sobre termo referente no texto / resposta: E
Questão do CNU sobre termo referente no texto (ensino médio)
g1/Reprodução
Enem dos concursos: correção da questão sobre termo referente no texto (ensino médio)
GRAMÁTICA
Questão sobre adjetivos / resposta: E
'Enem dos concursos': professores fazem correção de questão sobre adjetivo no texto (Ensino Médio)
Reprodução/g1
Enem dos concursos: correção da questão sobre adjetivo no texto prova do (ensino médio)
Questão sobre concordância / Resposta: A
Questão do CNU sobre concordância (ensino médio)
g1/Reprodução
Enem dos concursos: correção da questão sobre concordância (ensino médio)
Questão sobre hífen / resposta: B
Questão do CNU sobre hífen (ensino médio)
g1/Reprodução
Enem dos concursos: correção da questão sobre hífen no texto prova do (ensino médio)
Questão sobre "portanto" / resposta: C
Questão do CNU sobre "portanto" (ensino médio)
g1/Reprodução
Enem dos concursos: correção da questão sobre portanto (ensino médio)
Questão sobre concordância nominal / resposta: A
Questão do CNU sobre concordância nominal (ensino médio)
Reprodução/g1
Enem dos concursos: correção da questão sobre concordância nominal (ensino médio)
Questão sobre prefixo / resposta: B
'Enem dos concursos': professores fazem correção de questão sobre prefixo no texto (Ensino Médio)
reprodução/g1
Enem dos concursos: correção da questão sobre prefixo (ensino médio)
Questão sobre o uso do "onde" / resposta: B
Questão do CNU sobre o uso do "onde" (ensino médio)
g1/Reprodução
Enem dos concursos: correção da questão sobre norma-padrão (ensino médio)

Desvios de verba na Unicamp: Fapesp cobra reembolso de professores e caso vai à Justiça

Governo da Bahia abre inscrições para auxílio permanência estudantil nas universidades públicas estaduais
Pesquisadores não são investigados, mas, para a Fundação, eles eram pessoalmente responsáveis pelo controle do dinheiro e devem ressarcir os cofres públicos. Entenda suspeita de desvio milionário de verbas de pesquisa da Fapesp na Unicamp
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) está cobrando de professores do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp as verbas desviadas de pesquisas. O caso foi parar na Justiça, que tem dado decisões divergentes. Entenda abaixo a controvérsia.
A principal suspeita pelos desvios é Ligiane Marinho de Ávila, ex-funcionária contratada da universidade. Ela foi demitida em janeiro e, desde então, é investigada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual (MP-SP). O g1 apurou que ela deixou o país em fevereiro.
Uma auditoria da Fapesp detectou cerca R$ 5 milhões em transferências à suspeita e apura o valor que de fato foi extraviado. Já a Unicamp constatou que, do dinheiro movimentado pela ex-funcionária, cerca de R$ 3 milhões foram extraviados das pesquisas.

Ligiane Marinho de Ávila, investigada pela Polícia Civil por suspeita de desviar verbas de pesquisa da Unicamp
Reprodução/EPTV
Mas se a suspeita é uma ex-funcionária da universidade, por que os professores estão sendo cobrados?
A Fapesp entende que era de responsabilidade dos professores (que também atuam como pesquisadores) monitorar o uso dos recursos uma vez que as verbas foram, do ponto de vista legal, concedidas pessoalmente a eles. Por isso, está cobrando deles o ressarcimento aos cofres públicos.
“Qualquer pagamento/transferência de valores oriundos desta Fundação apenas poderia ter sido realizado mediante senha do cartão BB Pesquisa, o que sugere que, no mínimo, teria havido negligência por parte dos pesquisadores quanto à obrigação de guarda desse código secreto”, disse a Fundação ao MP-SP.
O g1 teve acesso aos termos de outorga (destinação de verbas de pesquisa) da Fapesp e confirmou que o recurso é disponibilizado diretamente à pessoa física do professor/pesquisador e cabe a ele, segundo o termo, a responsabilidade pelo uso correto dos valores.
Instituto de Biologia da Unicamp
Reprodução/EPTV
Decisões da Justiça
Diante da cobrança de restituição dos valores, os professores do IB ingressaram com ações na Justiça alegando que a responsabilidade pelo reembolso é da Unicamp, uma vez que foi a universidade que colocou Ligiane dentro do instituto para operacionalizar a contratação de serviços e compras para as pesquisas.
Os processos foram sorteados para diversas varas da Justiça e correm sob sigilo a pedido do advogado dos pesquisadores, mas o g1 apurou que os juízes de Campinas têm emitido decisões divergentes.
Nos processos sorteados para a 1ª Vara da Fazenda Pública, o juiz tem concedido liminar aos pesquisadores suspendendo a obrigatoriedade dos reembolsos até o fim das investigações.
"Os documentos acostados à inicial demonstram forte indício do cometimento de fraude por terceira pessoa, cuja responsabilidade será melhor analisada com o oferecimento da contestação e juntada do procedimento administrativo instaurado", entendeu o juízo.
Já os juízes da 3ª e 4ª Varas da Fazenda Pública entenderam de forma diferente e negaram os pedidos de liminar dos pesquisadores e, com isso, autorizaram a cobrança dos valores desviados. Para esses magistrados, a responsabilidade pela verba era do pesquisador.
"O termo prevê a responsabilidade pessoal do outorgado (pesquisador) 'pela perfeita utilização dos recursos em conformidade com os dispositivos legais vigentes'", diz o juiz em trecho da decisão que o g1 teve acesso.
O que diz a defesa do pesquisadores?
Os advogados que representam os professores da Unicamp confirmaram que eles foram notificados a devolver os valores desviados "sob pena de bloqueio dos projetos em andamento". Segundo eles, isso "afetaria as pesquisas em desenvolvimento no IB, além de bloquear a bolsa dos inúmeros estudantes pesquisadores".
"Como os professores não são responsáveis pelo desvio, foi necessário recorrer ao Poder Judiciário, até mesmo para garantir a pesquisa e as bolsas dos alunos pesquisadores", explicou a defesa dos professores.
"Destacamos que os pesquisadores sempre tiveram postura ativa para a solução do problema, descobriram os desvios, reportaram à autoridade policial, que instaurou inquérito policial com base na denúncia, e notificaram a Unicamp e a Fapesp para providências", disseram os advogados.
O que diz a Fapesp?
Ao g1, a Fapesp informou que está recorrendo das decisões que suspenderam as cobranças de ressarcimento. "No que diz respeito a todos os pesquisadores envolvidos na questão, a Fundação continuará tomando as providências em juízo e seguirá cumprindo sua função em defesa do patrimônio público", disse em nota.
O que diz a Unicamp?
Procurada, a Unicamp se limitou a dizer que "os fatos estão sendo objeto de apuração final, de forma criteriosa, em Sindicância Administrativa". Diz ainda que "adotará todas as providências que se mostrarem cabíveis após sua conclusão".
O que diz a defesa de Ligiane
Uma auditoria Fapesp identificou que R$ 5.092.925,88 de verbas de pesquisas do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp foram transferidos para Ligiane, a ex-funcionária da universidade suspeita de ter desviado dinheiro destinado aos estudos científicos.
Procurada pelo g1, a defesa de Ligiane informou que teve "ciência sobre o inquérito policial em maio, mas não foi notificada para apresentar sua versão, e que a defesa "compareceu a delegacia para agendar seu depoimento, porém até o presente momento não fora marcada".
Segundo o advogado Rafael de Azevedo, "o montante não consta na investigação" e "a defesa pretende esclarecer sobre toda a acusação assim que for marcada a oitiva de Ligiane".
Verbas de 36 pesquisadores
Segundo a Fapesp, os R$ 5 milhões saíram de 75 destinações de verbas a 36 pesquisadores do IB diretamente para a ex-funcionária. O valor aferido foi informado pela Fundação ao Ministério Público Estadual (MP-SP), que investiga o caso no âmbito cível e criminal.
O trabalho de auditoria, no entanto, ainda não foi concluído pela Fapesp, que agora apura qual valor, desses R$ 5 milhões, foi efetivamente extraviado dos pesquisadores. Isso porque, Ligiane era a responsável por operacionalizar o pagamento de serviços e compras no IB e, em alguns casos, fazia a transferência para a própria conta para "agilizar o trabalho".
Suspeita fora do país
O caso é investigado criminalmente pela Polícia Civil, que apura o possível crime de peculato. O g1 revelou que Ligiane Marinho de Ávila informou à Polícia Civil que está no exterior e não tem data para voltar ao Brasil.
No Inquérito Policial (IP) que investiga Ligiane, o advogado da ex-funcionária pediu para que o depoimento dela seja feito por videoconferência. "Está em viagem para o exterior, sem previsão até o presente momento da data de retorno", disse o defensor à polícia.
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O g1 apurou com uma fonte na Polícia Federal que a suspeita havia deixado o Brasil no dia 19 de fevereiro deste ano, um mês depois dos desvios terem vindo à tona. Ligiane viajou em um voo que saiu de Campinas (SP) com destino a Orly, na França.
A investigação sobre os desvios na Unicamp correm no 7º Distrito Policial de Campinas. Ao g1, a Polícia Civil informou que o delegado responsável pelo caso já ouviu três suspeitos e realiza diligências na cidade. "Demais detalhes serão preservados para garantir autonomia policial", disse a instituição.
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Pela primeira vez na história, UnB tem apenas mulheres concorrendo ao cargo de reitora

Governo da Bahia abre inscrições para auxílio permanência estudantil nas universidades públicas estaduais
Votação do primeiro turno começa nesta terça-feira (20) e termina na quarta (21). Disputa feminina é inédita nos 62 anos de existência da UnB. Professoras Maria de Fátima, Rozana e Olgamir concorrem à Reitoria da UnB.
Divulgação/Zambrana's e Iogo Chirola
Pela primeira vez na história da Universidade de Brasília (UnB), as três chapas que concorrem à reitoria da universidade são encabeçadas por mulheres. A votação começa nesta terça-feira (20), às 9h, e vai até quarta-feira (21), às 21h (saiba mais abaixo).
Veja quem são as candidatas:
Maria Fátima de Sousa, da chapa UnB Que Queremos
Olgamir Amancia Ferreira, da chapa Pensar e Fazer UnB
Rozana Reigota Naves, da Imagine UnB
A disputa feminina pela nova gestão da Reitoria da Universidade de Brasília é inédita nos 62 anos de existência da UnB.
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Quem são as candidatas?
Maria Fátima de Sousa
Candidata Maria de Fátima concorre à reitoria da UnB.
Divulgação/Zambrana's
A professora Maria Fátima de Sousa, da chapa "UnB que Queremos", tem como candidato a vice-reitor o professor Paulo Celso dos Reis Gomes.
Graduada em enfermagem e especialista em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a professora é mestre pela UFPB, doutora em Ciências da Saúde pela UnB e pós-doutora pela Universidade de Quebec em Montreal.
Atualmente, é professora do Departamento de Saúde Coletiva da UnB, e foi diretora da Faculdade de Ciências da Saúde. Maria Fátima de Sousa afirma que essa eleição simboliza a "festa da democracia" e que é uma disputa feminina democrática e propositiva.
"É um avanço, a UnB sempre foi pioneira nas cotas, na inclusão da população mais vulnerável", diz Maria Fátima de Sousa.
Para a candidata, essa eleição encabeçada por mulheres é fruto de uma luta feminina na universidade.
"Somos maioria tanto de estudantes, técnicas e professoras. É fruto do nosso compromisso histórico", diz.
Olgamir Amancia Ferreira
Professora Olgamir concorre à Reitoria da UnB.
Divulgação/Júlia Beda
A professora Olgamir Amancia Ferreira, concorre pela chapa "Pensar e Fazer UnB" ao lado do candidato a vice-reitor Gustavo Adolfo Sierra Romero. Graduada em licenciatura em matemática pelo Centro de Ensino Superior de Brasília, em 1985, a professora é mestre e doutora em Educação pela Universidade de Brasília.
Olgamir é professora da UnB e foi decana de Extensão por oito anos. Além disso, foi coordenadora do Colégio de Pró-Reitores de Extensão das IFES, da Andifes.
A professora diz que a presença das mulheres nos cargos de gestão não é recorrente, ainda que estejamos em 2024. Para ela, ter três mulheres concorrendo à reitoria da UnB é emblemático.
"Estamos avançando na luta das mulheres pela conquista de espaços de poder que podem contribuir para a transformação da realidade brasileira", diz Olgamir.
Ela destaca que ter uma mulher à frente da gestão do Ensino Superior pode resultar na garantia da consolidação de direitos humanos, e cita a gestão da primeira reitora da universidade, Márcia Abrahão.
"Não tem como pensar uma sociedade mais igualitária se não tivermos as mulheres à frente nas suas diferenças e possibilidades", afirma Olgamir Amancia Ferreira.
Rozana Reigota Naves
Rozana é candidata à Reitoria da UnB.
Divulgação/Iogo Chirola
A professora Rozana Reigota Naves concorre pela chapa "Imagine UnB – Participar e Transformar". O candidato a vice-reitor é o professor Márcio Muniz de Farias.
Graduada em letras pela Universidade Católica de Brasília (UCB), a professora é mestre e doutora em linguística pela UnB. Rozana é professora da universidade e já foi diretora do Instituto de Letras e do Decanato de Administração.
Atualmente, é Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Linguística. Rozana Naves destaca que a eleição com três mulheres reforça o protagonismo feminino em atividades de gestão no alto escalão, em particular na definição de políticas públicas na educação brasileira.
"Em relação ao Brasil, valida as políticas de equidade de gênero e promove debate de pautas importantes, como o combate ao feminicídio e a discriminação de gênero. […] Na UnB, é retomar algo pautado anteriormente, que é a equidade nos cargos de gestão superior", diz Rozana Reigota Naves.
Além disso, a professora ressalta a importância da primeira reitora mulher da UnB, Márcia Abrahão, que abriu portas para novas candidaturas.
"Ela inaugurou uma nova época na Universidade de Brasília, abriu espaço para mulheres na gestão e isso vem se consolidando pouco a pouco", afirma a professora.
O que faz uma reitora?
A reitora responde pela administração geral da Universidade de Brasília (UnB). Ou seja, está à frente de todos os interesses educacionais, econômicos e culturais da instituição.
Além disso, a reitora é responsável por firmar convênios e parcerias com objetivo de projetar e ampliar as atividades científicas e tecnológicas da universidade no Brasil e no exterior.
Segundo a Secretaria de Comunicação da UnB, há uma gratificação referente à função que pode chegar até R$ 14.686,79. A reitora pode escolher receber somente este valor ou a remuneração do cargo que ocupa acrescido de 60% da gratificação.
Como é a eleição?
A eleição, que ocorre no dias 20 e 21 de agosto, é presencial na UnB. Professores, estudantes e servidores técnico-administrativos podem votar.
👉🏽O voto, feito em cédula de papel, é facultativo, secreto e inserido em urnas.
👉🏽Vence a chapa que tiver a maioria dos votos.
👉🏽Caso nenhuma chapa alcance a maioria absoluta, um segundo turno é realizado nos dias 3 e 4 de setembro.
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Pela primeira vez na história, Universidade de Brasília tem apenas mulheres concorrendo ao cargo de reitora

Governo da Bahia abre inscrições para auxílio permanência estudantil nas universidades públicas estaduais
Votação do primeiro turno começa nesta terça-feira (20) e termina na quarta (21). Disputa feminina é inédita nos 62 anos de existência da UnB. Professoras Maria de Fátima, Rozana e Olgamir concorrem à Reitoria da UnB.
Divulgação/Zambrana's e Iogo Chirola
Pela primeira vez na história da Universidade de Brasília (UnB), as três chapas que concorrem à reitoria da universidade são encabeçadas por mulheres. A votação começa nesta terça-feira (20), às 9h, e vai até quarta-feira (21), às 21h (saiba mais abaixo).
Veja quem são as candidatas:
Maria Fátima de Sousa, da chapa UnB Que Queremos
Olgamir Amancia Ferreira, da chapa Pensar e Fazer UnB
Rozana Reigota Naves, da Imagine UnB
A disputa feminina pela nova gestão da Reitoria da Universidade de Brasília é inédita nos 62 anos de existência da UnB.
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Quem são as candidatas?
Maria Fátima de Sousa
Candidata Maria de Fátima concorre à reitoria da UnB.
Divulgação/Zambrana's
A professora Maria Fátima de Sousa, da chapa "UnB que Queremos", tem como candidato a vice-reitor o professor Paulo Celso dos Reis Gomes.
Graduada em enfermagem e especialista em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a professora é mestre pela UFPB, doutora em Ciências da Saúde pela UnB e pós-doutora pela Universidade de Quebec em Montreal.
Atualmente, é professora do Departamento de Saúde Coletiva da UnB, e foi diretora da Faculdade de Ciências da Saúde. Maria Fátima de Sousa afirma que essa eleição simboliza a "festa da democracia" e que é uma disputa feminina democrática e propositiva.
"É um avanço, a UnB sempre foi pioneira nas cotas, na inclusão da população mais vulnerável", diz Maria Fátima de Sousa.
Para a candidata, essa eleição encabeçada por mulheres é fruto de uma luta feminina na universidade.
"Somos maioria tanto de estudantes, técnicas e professoras. É fruto do nosso compromisso histórico", diz.
Olgamir Amancia Ferreira
Professora Olgamir concorre à Reitoria da UnB.
Divulgação/Júlia Beda
A professora Olgamir Amancia Ferreira, concorre pela chapa "Pensar e Fazer UnB" ao lado do candidato a vice-reitor Gustavo Adolfo Sierra Romero. Graduada em licenciatura em matemática pelo Centro de Ensino Superior de Brasília, em 1985, a professora é mestre e doutora em Educação pela Universidade de Brasília.
Olgamir é professora da UnB e foi decana de Extensão por oito anos. Além disso, foi coordenadora do Colégio de Pró-Reitores de Extensão das IFES, da Andifes.
A professora diz que a presença das mulheres nos cargos de gestão não é recorrente, ainda que estejamos em 2024. Para ela, ter três mulheres concorrendo à reitoria da UnB é emblemático.
"Estamos avançando na luta das mulheres pela conquista de espaços de poder que podem contribuir para a transformação da realidade brasileira", diz Olgamir.
Ela destaca que ter uma mulher à frente da gestão do Ensino Superior pode resultar na garantia da consolidação de direitos humanos, e cita a gestão da primeira reitora da universidade, Márcia Abrahão.
"Não tem como pensar uma sociedade mais igualitária se não tivermos as mulheres à frente nas suas diferenças e possibilidades", afirma Olgamir Amancia Ferreira.
Rozana Reigota Naves
Rozana é candidata à Reitoria da UnB.
Divulgação/Iogo Chirola
A professora Rozana Reigota Naves concorre pela chapa "Imagine UnB – Participar e Transformar". O candidato a vice-reitor é o professor Márcio Muniz de Farias.
Graduada em letras pela Universidade Católica de Brasília (UCB), a professora é mestre e doutora em linguística pela UnB. Rozana é professora da universidade e já foi diretora do Instituto de Letras e do Decanato de Administração.
Atualmente, é Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Linguística. Rozana Naves destaca que a eleição com três mulheres reforça o protagonismo feminino em atividades de gestão no alto escalão, em particular na definição de políticas públicas na educação brasileira.
"Em relação ao Brasil, valida as políticas de equidade de gênero e promove debate de pautas importantes, como o combate ao feminicídio e a discriminação de gênero. […] Na UnB, é retomar algo pautado anteriormente, que é a equidade nos cargos de gestão superior", diz Rozana Reigota Naves.
Além disso, a professora ressalta a importância da primeira reitora mulher da UnB, Márcia Abrahão, que abriu portas para novas candidaturas.
"Ela inaugurou uma nova época na Universidade de Brasília, abriu espaço para mulheres na gestão e isso vem se consolidando pouco a pouco", afirma a professora.
O que faz uma reitora?
A reitora responde pela administração geral da Universidade de Brasília (UnB). Ou seja, está à frente de todos os interesses educacionais, econômicos e culturais da instituição.
Além disso, a reitora é responsável por firmar convênios e parcerias com objetivo de projetar e ampliar as atividades científicas e tecnológicas da universidade no Brasil e no exterior.
Segundo a Secretaria de Comunicação da UnB, há uma gratificação referente à função que pode chegar até R$ 14.686,79. A reitora pode escolher receber somente este valor ou a remuneração do cargo que ocupa acrescido de 60% da gratificação.
Como é a eleição?
A eleição, que ocorre no dias 20 e 21 de agosto, é presencial na UnB. Professores, estudantes e servidores técnico-administrativos podem votar. O voto, feito em cédula de papel, é facultativo, secreto e inserido em urnas.
Vence a chapa que tiver a maioria dos votos. Caso nenhuma alcance a maioria absoluta, um segundo turno é realizado nos dias 3 e 4 de setembro.
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Governo da Bahia abre inscrições para auxílio permanência estudantil nas universidades públicas estaduais

Governo da Bahia abre inscrições para auxílio permanência estudantil nas universidades públicas estaduais
Prazo começaram nesta segunda-feira (19) e terminam no dia 18 de setembro, Governo da Bahia abre inscrições para auxílio permanência estudantil nas universidades públicas estaduais.
Claudionor Júnior
As inscrições para a seleção do segundo semestre do Mais Futuro foram abertas nesta segunda-feira (19) e prosseguem até 18 de setembro, através da internet.
Desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), o programa de auxílio permanência é direcionado a estudantes com situação de vulnerabilidade socioeconômica comprovada no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), do Governo Federal; que estejam regularmente matriculados em cursos de graduação presencial em uma das quatro universidades estaduais da Bahia (UNEB, UESC, UESB e UEFS); e não tenham concluído nenhum outro curso de nível superior.
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O auxílio permanência corresponderá ao valor de R$ 400 para o perfil básico; R$ 800 para o perfil moradia e valor variável para o perfil complementar.
Os estudantes interessados em participar do Mais Futuro deverão, no momento da inscrição, identificar em um dos perfis estipulados pelo programa:
Básico, que se aplica aos estudantes residentes em município localizado até 100 km do campus de matrícula e frequência do curso superior;
Moradia, referente a alunos que moram em município localizado a uma distância superior a 100 km do campus de matrícula, com e frequência do curso superior e que mudou de domicílio para frequentar o curso;
Complementar, correspondente a estudantes beneficiários de auxílio estabelecido por atos normativos de instituições de Ensino Superior ou entes federativos diversos que atendam aos critérios estabelecidos pelos perfis Básico e Moradia.
Entre os documentos exigidos para a inscrição estão:
Carteira de Identidade ou documento oficial com foto;
Cadastro de Pessoas Física (CPF);
Folha Resumo do registro, individual ou familiar, atualizado no CadÚnico, que deverá estar carimbada e assinada pelo órgão responsável pelo fornecimento das informações, e na ausência de carimbo, o servidor responsável deverá registrar o número da matrícula funcional e assinar; comprovante de matrícula emitido/disponibilizado no semestre vigente; comprovante de residência em nome do estudante, mãe, pai, avós ou outro responsável legal;
Declaração de inexistência de vínculo empregatício e de não estar cursando e nem ter concluído outro curso de nível superior, entre outros.
Após a etapa de inscrição, a documentação exigida será analisada e homologada pelas Comissões de Seleção, equipes correlatas ou pelo setor responsável pela assistência e permanência estudantil de cada universidade.
É de responsabilidade do estudante o acompanhamento regular no sistema de inscrição on-line no mesmo endereço utilizado no momento da inscrição.
A lista dos alunos homologados será disponibilizada pela SEC, em articulação com as universidades, e divulgada por cada uma das respectivas instituições em seus portais eletrônicos. Atualmente, 10 mil estudantes são contemplados com o Programa Mais Futuro.
Cronograma
Publicação do Edital de Inscrição 2024.2 – 16/08
Período de Inscrição – 19/08 a 18/09
Período da 1ª análise de homologação – 20/08 a 23/09
Correções das inscrições pelos estudantes – 21/08 a 20/09
Finalização do Processo de Homologações – 20/08 a 03/10
Publicação da Lista Parcial de Homologados – 30/09
Recursos Contra o Resultado das Homologações – 07 e 08/10
Publicação da Lista Final de Homologados – pós recursos – 14/10/2024
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