Quais são as palavras mais bonitas da língua portuguesa, segundo o criador do ‘Dicionário Aurélio’

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Resposta integra uma entrevista dada por Aurélio Buarque de Holanda ao jornalista Araken Távora, em 1976. Criador do Dicionário Aurélio lista as palavras mais bonitas da língua portuguesa
Em uma entrevista de 1976, Aurélio Buarque de Holanda, que dá nome ao Dicionário Aurélio, elegeu as três palavras mais bonitas da língua portuguesa, em sua opinião.
A resposta veio após Araken Távora — jornalista à frente do programa "Os Mágicos", exibido pela antiga TVE, e responsável por entrevistar escritores como Clarice Lispector, Ruth de Souza, Ariano Suassuna e muito mais — perguntar qual é a palavra mais bonita do idioma. Ele, então, listou três:
Libélula
Alvorada
Murucututu
Eu tenho profundo amor pelas palavras, isso é verdade. Ainda há algumas que são tidas como feias — como o próprio sinônimo da palavra “libélula”, que eu próprio não digo que seja [uma palavra] bonita, mas a beleza das palavras é uma coisa relativa —, umas que são consideradas sujas, mas algumas bonitas; umas tidas como imorais que são bonitas também. Porque tudo é criação, tudo é uma prova da atividade humana. É uma prova desse trabalho da cabeça.
Aurélio Buarque de Holanda, criador do 'Dicionário Aurélio', em 1976.
Reprodução/Arquivo Nacional
Abaixo, confira o que o professor e lexicógrafo disse sobre suas palavras favoritas, e o que seu dicionário diz sobre elas.
Libélula
Uma libélula (Sympetrum meridionale) é vista em Netanya, cidade na costa mediterrânea de Israel
Jack Guez/AFP
Em sua resposta, Aurélio explicou a relação com a palavra:
Uma das palavras mais bonitas da Língua, ao meu sentir, é libélula. Essa palavra é um voo, é uma coisa alada, de poesia imensa. Parece uma coisa que está em um voo incerto, um voo trêmulo, e em grande parte, representa a realidade daquilo.
Aurélio ainda fala diz que sinônimo para o inseto, também chamado de “lava bunda”, — que faz referência ao seu comportamento de depositar ovos na água —: “é lamentável. Mas a língua é cheia dessas coisas mesmo.”
“O certo é que libélula é uma palavra do meu profundo encantamento.”
Com origem no francês, a palavra é um substantivo feminino da zoologia e faz alusão ao voo planado do inseto. No dicionário, é descrito como:
Gênero de insetos odonatos, de corpo estreito dotados de dois pares de asas membranosas, transparentes, em geral brilhantemente coloridas, cujas larvas, carnívoras e voracíssimas, se desenvolvem nas águas correntes, nas estagnadas ou mesmo no interior de bromeliáceas.
A palavra também é usada para designar qualquer espécie e qualquer espécime desse gênero.
Murucututu
Coruja-murucututu é reintegrada à natureza em reserva de Entre Rios
Acervo Bracell
Ainda no domínio zoológico, uma palavra muito bonita que é o murucututu. Cinco sílabas seguidas, todas terminadas em 'u'. Isso me parece uma coisa maravilhosa.
Murucututu, também conhecido como corujão, é uma espécie de coruja da família Strigidae.
No dicionário, é descrito como um substantivo masculino que tem origem no tupi, e é um brasileirismo da zoologia.
Ave estrigiforme, estrigídea (Pulsatrix perspicillata), da América do Sul. Coloração parda; fronte, sobrancelha e mancha na garganta, brancas; mento e peito, pardos; o resto do abdome, amarelo-ocre; alimenta-se de aves e mamíferos sobretudo roedores.
Alvorada
Alvorecer pode ser definido como a claridade que precede o nascer do Sol.
Ivair Vieira Jr/G1
Temos uma palavra que é uma clarinada: alvorada.
Formada a partir de alvorar + o sufixo -ada, a palavra é um substantivo feminino e tem as seguintes definições:
Crepúsculo matutino; a claridade que precede o romper do Sol; arraiada, dilúculo.
Canto das aves ao amanhecer.
Toque militar nos quartéis, ao raiar do dia, para despertar os soldados.
Toque de qualquer música ao despontar da manhã.
[No sentido figurado] Princípio, começo, início, aurora, alvor.
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Enem 2025: inscrições terminam nesta sexta; saiba como se inscrever sem cair em cilada

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Provas serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro. Quem não tem isenção deve pagar taxa de R$ 85 via boleto, cartão de crédito ou PIX até 11 de junho. Passo a passo da inscrição no Enem 2025
Quem ainda não se inscreveu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 tem até às 23h59 desta sexta-feira (6) para concluir a etapa. Vale lembrar que o pagamento da taxa para quem não teve isenção é até 11 de junho.
Mas, antes de se inscrever, é preciso tomar alguns cuidados para evitar cair em golpes ou cometer erros no preenchimento.
O g1 já mostrou que golpistas criaram sites falsos para receber indevidamente os R$ 85 da taxa de inscrição. Além disso, é preciso estar atento durante a escolha do local de prova, por exemplo, para evitar locais muito distantes. Veja o vídeo acima e saiba como evitar esses enganos.
As provas serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro, com exceção dos municípios Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará, onde as provas serão aplicadas em 30 de novembro e 7 de dezembro.
Quem não obteve isenção da taxa de inscrição deve fazer o pagamento de R$ 85 até 11 de junho, via boleto bancário, pix ou cartão de crédito.

Confira abaixo como se inscrever no exame sem cair em ciladas:
Passo a passo da inscrição no Enem 2025
Página de inscrição do Enem 2025.
Reprodução
Acesse a Página do Participante e clique em 'Inscrição' (ATENÇÃO: a inscrição deve ser feita unicamente pelo site enem.inep.gov.br/participante)
Selecione a imagem indicada nas orientações do desafio
Informe o CPF, data de nascimento e clique em 'Iniciar a inscrição'
Confira seus dados, leia as orientações e clique em 'Próximo'
Informe o nome do pai ou selecione 'Não quero declarar'
Preencha os dados de sexo, raça/cor, estado civil e nacionalidade
Informe seu estado e município de nascimento
Insira o CEP e clique em 'Próximo'
Confirme o endereço e complemento
Informe se precisa de recurso de acessibilidade e diga qual.
Participantes travestis, transexuais ou transgêneros que têm nome social cadastrado na Base da Receita Federal pode escolher nesta etapa o uso do nome social.
Escolha o idioma da língua estrangeira (Inglês ou Espanhol)
Informe a situação de ensino médio
Responda o questionário socioeconômico
Informe telefone e e-mail para contato
Escolha o município de aplicação da prova
Envie uma foto do participante
Confirme as informações pessoais e as escolhas de língua estrangeira, município para realização do exame
Clique em 'Enviar Inscrição'
Confira o comprovante e o número de inscrição
Faça login na Página do Participante com CPF e senha do gov.br
Clique em 'Pagamento/Isenção' e baixe o boleto de pagamento.
Escolha a forma de pagamento e pague a taxa de inscrição — é possível também pagar com Pix ou cartão de crédito, no aplicativo do banco, em uma agência bancária ou na casa lotérica.
Confira o cronograma
Inscrições: de 26 de maio a 6 de junho
Pagamento da inscrição: até 11 de junho
Provas: 9 e 16de novembro
Disciplinas e horários
O Enem será aplicado em dois domingos de novembro (menos em Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará).
9 de novembro
O candidato deverá fazer:
45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol);
45 questões de ciências humanas; e
redação.
16 de novembro
A prova trará:
45 questões de matemática; e
45 questões de ciências da natureza.
Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília):
Abertura dos portões: 12h
Fechamento dos portões: 13h
Início das provas: 13h30
Término das provas no 1º dia: 19h
Término das provas no 2º dia: 18h30
Vídeo
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Justiça dos EUA bloqueia ordem de Trump que proíbe estudantes estrangeiros em Harvard

China promete defender ‘com firmeza’ seus estudantes após decreto de Trump proibir Harvard de admitir estrangeiros
Decisão é válida até que o processo judicial entre o presidente e a universidade termine. Na quarta (4), o republicano havia assinado uma proclamação que impedia a universidade de receber alunos de outros países. Harvard se nega a cumprir exigências de Trump, e mais de US$ 2 bi em recursos congelados
Uma juíza dos Estados Unidos bloqueou temporariamente a ordem do presidente Donald Trump que impedia a Universidade de Harvard de receber estudantes estrangeiros. Segundo a agência de notícias Reuters, decisão desta quinta-feira (5) suspende a proclamação do presidente até o fim do processo judicial entre ele e a universidade.
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Por meio de uma ordem de restrição temporária de duas páginas concedida a Harvard, a juíza Allison Burroughs decidiu que a diretriz de Trump causaria "prejuízo imediato e irreparável" antes que os tribunais tenham a chance de revisar o caso. O republicano havia assinado a proclamação na quarta (4). (Saiba mais abaixo).
No mês passado, Burroughs já havia bloqueado Trump de implementar uma outra ordem que proibia Harvard de matricular estudantes internacionais, que representam mais de um quarto do corpo discente da universidade. Na quinta-feira, Harvard alterou seu processo judicial para contestar a nova diretriz, alegando que Trump está violando a decisão anterior de Burroughs.
“A proclamação nega a milhares de estudantes de Harvard o direito de vir a este país para buscar sua educação e seguir seus sonhos, e nega a Harvard o direito de ensiná-los. Sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard”, afirmou a universidade na petição.
Burroughs também prorrogou uma outra ordem de restrição temporária, emitida por ela em 23 de maio, contra a restrição do governo à matrícula de estudantes internacionais em Harvard.
Mais cedo, a porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, chamou Harvard de “um foco de agitadores antiamericanos, antissemitas e pró-terrorismo” — acusações que a universidade já havia negado anteriormente.
“O comportamento de Harvard comprometeu a integridade de todo o sistema de vistos para estudantes e visitantes de intercâmbio nos EUA e representa um risco à segurança nacional. Agora, deve enfrentar as consequências de suas ações”, disse Jackson em comunicado.
Ordem de Trump
A proclamação vetada cita supostas ameaças à segurança nacional.
"O Federal Bureau of Investigation (FBI) alerta há muito tempo que adversários estrangeiros aproveitam o fácil acesso ao ensino superior americano para roubar informações, explorar pesquisa e desenvolvimento e espalhar informações falsas", diz um comunicado da Casa Branca.
Em comunicado, Harvard classificou o documento como "mais um passo retaliatório ilegal tomado pelo governo, em violação aos direitos da Primeira Emenda de Harvard."
"Harvard continuará a proteger seus estudantes internacionais", acrescentou.
Ainda de acordo com a nota da Casa Branca, "Harvard não forneceu informações suficientes ao Departamento de Segurança Interna (DHS) sobre atividades ilegais ou perigosas conhecidas de estudantes estrangeiros, relatando dados deficientes sobre apenas três estudantes".
O texto também acusa a universidade de ter recebido US$ 150 milhões da China.
"Em troca, Harvard, entre outras coisas, recebeu membros paramilitares do Partido Comunista Chinês e fez parcerias com indivíduos baseados na China em pesquisas que poderiam promover a modernização militar da China."
Na última quinta-feira (29), o Departamento de Segurança Interna dos EUA havia enviado a Harvard uma notificação com a intenção de revogar a certificação da universidade no Programa Federal de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio — a licença necessária para matricular e manter estudantes e professores estrangeiros.
Interrupção de vistos
No último dia 27, o governo Trump ordenou também a todos os consulados dos Estados Unidos no mundo que interrompam a concessão de vistos de estudantes, segundo a agência Reuters.
A TV Globo confirmou com fontes do governo americano no Brasil que os processos estão suspensos. A Embaixada dos EUA no país já começou a orientar estudantes a procurarem os consulados locais.
Até a última atualização desta reportagem, o governo dos Estados Unidos ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre a decisão.
De acordo com o site "Politico", uma fonte da diplomacia americana afirmou que Washington também está considerando passar a analisar as redes sociais de todos os solicitantes desse tipo de visto — necessário para quem pretende fazer qualquer curso nos Estados Unidos, desde intercâmbio até programas universitários.
Como a nova diretriz ainda está em análise, o Departamento de Estado determinou a suspensão temporária do processo de emissão novos vistos de estudos.
Um comunicado interno foi enviado a todos os consulados dos EUA — responsáveis pela concessão de vistos — orientando que não sejam realizadas entrevistas com os candidatos, última etapa do processo de solicitação do visto de estudos.
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Montagem mostra o presidente Donald Trump e a universidade de Harvard
Chip Somodevilla/via REUTERS e Faith Ninivaggi/Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump
Ken Cedeno/Reuters
VÍDEOS: mais assistidos do g1

Professores da rede publica decidem manter greve no DF

China promete defender ‘com firmeza’ seus estudantes após decreto de Trump proibir Harvard de admitir estrangeiros
Paralisação começou na segunda-feira (2). Segundo Secretaria de Educação, das 713 escolas públicas, 242 aderiram ao movimento de forma integral. cldf
Carinne Souza/g1
Professores da rede publica decidem manter a greve no Distrito Federal. Os profissionais da educação se reuniram com representantes da Casa Civil e da Secretaria de Educação, nesta quinta-feira (5), mas não houve acordo.
A greve da categoria começou na segunda-feira (2). De acordo com a Secretaria de Educação, das 713 escolas públicas, 242 aderiram ao movimento de forma integral.
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A reunião entre o GDF e o Sindicato dos Professores (Sinpro) era vista como um passo inicial do governo para negociar com a categoria, que reivindica reajuste salarial e reestruturação da carreira (veja mais abaixo). O encontro desta quinta ocorreu após o Sinpro-DF solicitar à Câmara Legislativa (CLDF) e ao Tribunal de Justiça uma intermediação junto ao GDF.
Na quarta-feira (4), os servidores que aderiram à greve também se reuniram com parlamentares e com o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), Waldir Leôncio Júnior, solicitando que os órgãos atuassem para estabelecer o espaço de negociação com GDF através de uma mesa de conciliação.
A Justiça do Distrito Federal considerou a greve ilegal. A desembargadora Lucimeire Maria da Silva ainda impôs uma multa de R$ 1 milhão por dia ao sindicato. Além disso, o TJDFT autorizou o corte de ponto dos professores que aderirem à paralisação.
Sinpro acionou STF contra decisão de desembargadora
O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (4) contra a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que declarou a greve como "abusiva".
A decisão da desembargadora Lucimeire Maria da Silva atinge diretamente o exercício do direito constitucional à greve", afirma o Sinpro. O sindicato pede ao STF que a decisão da magistrada seja suspensa e solicita ainda que a Suprema Corte "reconheça o descumprimento reiterado do GDF como causa direta da paralisação e afaste quaisquer sanções impostas ao movimento grevista".
Conforme o governo, 66% das escolas publicas do DF funcionam parcialmente, com uma média de 15% a 20% dos profissionais paralisados.
Greve dos professores da rede pública começa nesta segunda
Professores pedem reestruturação da carreira e aumento salarial
Entre as reivindicações dos professores está a reestruturação da carreira, com o objetivo de aumentar o salário base da categoria. Segundo o Sinpro-DF, a proposta é dobrar o vencimento-base.
Os profissionais também pedem:
A possibilidade de professores contratados temporariamente, quando efetivados, utilizarem o tempo de serviço para enquadramento nos padrões (etapas a serem cumpridas para obter aumento salarial);
Ampliação do percentual de aumento a cada mudança do padrão;
Valorização da progressão horizontal (especialização, mestrado e doutorado) a partir da ampliação dos percentuais de aumento salarial.
O que diz o Sinpro
"Categoria rejeita proposta do GDF e decide manter a greve
O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) informa que, após a apresentação de proposta por parte do Governo do Distrito Federal, a categoria em assembleia geral, realizada nesta quarta-feira (05/06), deliberou sobre os termos apresentados pelo GDF.
A assembleia, de forma unânime, considerou a proposta insuficiente diante das reivindicações históricas da categoria e deliberou pela continuidade da greve iniciada no dia 2 de junho.
A greve tem como pautas centrais a valorização profissional, a reestruturação da carreira e a recomposição salarial de 19,8%, percentual que representa parte das perdas inflacionárias acumuladas e um passo necessário rumo ao cumprimento da Meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE) — que estabelece que os salários do magistério devem estar, no mínimo, na média das demais carreiras de nível superior do GDF.
A proposta apresentada pelo GDF, embora represente um recuo parcial do governo diante da força da mobilização, ainda está distante das necessidades reais da categoria e do cumprimento da legislação educacional em vigor.
O Sinpro-DF reitera que a greve é um instrumento legítimo e necessário diante do desrespeito do GDF com os direitos da categoria, e reafirma o compromisso de seguir mobilizado até que o governo apresente uma proposta que represente efetivamente a valorização da Educação Pública no Distrito Federal."
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China promete defender ‘com firmeza’ seus estudantes após decreto de Trump proibir Harvard de admitir estrangeiros
Trump assinou ordem executiva proibindo admissão de alunos estrangeiros pelos próximos seis meses. Casa Branca acusa universidade de facilitar a entrada de 'adversários estrangeiros' e de ter recebido US$ 150 milhões da China. Harvard se nega a cumprir exigências de Trump, e mais de US$ 2 bi em recursos congelados
A China prometeu nesta quinta-feira (5) "defender firmemente os legítimos direitos e interesses de seus estudantes no exterior", após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar ordem executiva proibindo que a Universidade de Harvard matricule estudantes estrangeiros.
"A China sempre se opôs à politização da cooperação educacional. As ações relevantes por parte dos EUA apenas prejudicarão a imagem e a credibilidade internacional da América", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian.
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A proibição a Harvard, um novo capítulo do embate entre a universidade e o governo dos EUA, foi imposta pelo presidente americano, Donald Trump, em ordem executiva na quarta-feira (4).
A medida, válida para os próximos seis meses, impede que a universidade de Harvard receba estudantes estrangeiros em seus cursos. Para justificar a proibição, a ordem de Trump alega supostas ameaças à segurança nacional.
"O Federal Bureau of Investigation (FBI) alerta há muito tempo que adversários estrangeiros aproveitam o fácil acesso ao ensino superior americano para roubar informações, explorar pesquisa e desenvolvimento e espalhar informações falsas", diz um comunicado da Casa Branca.
Em comunicado, Harvard classificou a proclamação como "mais um passo retaliatório ilegal tomado pelo governo, em violação aos direitos da Primeira Emenda de Harvard."
"Harvard continuará a proteger seus estudantes internacionais", acrescentou.
Na semana passada, Trump havia ameaçado proibir Harvard de aceitar estudantes estrangeiros por meio do Departamento de Segurança Interna, mas a Justiça bloqueou ações do tipo. Desta vez, o presidente age por meio de uma outra via legal, publicando uma ordem executiva.
Ainda de acordo com a nota da Casa Branca, "Harvard não forneceu informações suficientes ao Departamento de Segurança Interna (DHS) sobre atividades ilegais ou perigosas conhecidas de estudantes estrangeiros, relatando dados deficientes sobre apenas três estudantes".
O texto também acusa a universidade de ter recebido US$ 150 milhões (cerca de R$ 845,5 mi) da China.
"Em troca, Harvard, entre outras coisas, recebeu membros paramilitares do Partido Comunista Chinês e fez parcerias com indivíduos baseados na China em pesquisas que poderiam promover a modernização militar da China."
Na última quinta-feira (29), o Departamento de Segurança Interna dos EUA havia enviado a Harvard uma notificação com a intenção de revogar a certificação da universidade no Programa Federal de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio — a licença necessária para matricular e manter estudantes e professores estrangeiros.
Ainda de acordo com o documento, Harvard teria 30 dias para responder se quer contestar a medida.
Interrupção de vistos
No último dia 27, o governo Trump ordenou também a todos os consulados dos Estados Unidos no mundo que interrompam a concessão de vistos de estudantes, segundo a agência Reuters.
A TV Globo confirmou com fontes do governo americano no Brasil que os processos estão suspensos. A Embaixada dos EUA no país já começou a orientar estudantes a procurarem os consulados locais.
Até a última atualização desta reportagem, o governo dos Estados Unidos ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre a decisão.
De acordo com o site "Politico", uma fonte da diplomacia americana afirmou que Washington também está considerando passar a analisar as redes sociais de todos os solicitantes desse tipo de visto — necessário para quem pretende fazer qualquer curso nos Estados Unidos, desde intercâmbio até programas universitários.
Como a nova diretriz ainda está em análise, o Departamento de Estado determinou a suspensão temporária do processo de emissão novos vistos de estudos.
Um comunicado interno foi enviado a todos os consulados dos EUA — responsáveis pela concessão de vistos — orientando que não sejam realizadas entrevistas com os candidatos, última etapa do processo de solicitação do visto de estudos.
Conflito do governo dos EUA com Harvard
A proibição de Harvard aceitar alunos estrangeiros afeta cerca de 7.000 estudantes — um em cada quatro alunos da universidade.
“Sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard”, disse a instituição, que tem 389 anos. “Com um golpe de caneta, o governo tentou apagar um quarto do corpo discente de Harvard — estudantes que contribuem significativamente para a universidade e sua missão.”
A universidade também classificou a intenção de Trump como uma “violação flagrante” da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, além de outras leis federais.
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