Fies 2025: MEC nega que tenha havido erro no sistema de pré-seleção do programa; cronograma segue inalterado

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Entre os problemas alegados pelos candidatos, estava uma falha sobre inscrições não concluídas em edição anterior do programa. Pasta diz ter verificado as situações e descartado ocorrências de erro. Candidatos reclamam de erro no sistema do Fies 2025.
Reprodução.
O Ministério da Educação negou nesta quinta-feira (20) que tenha havido erros no sistema do Fies 2025, como haviam apontado candidatos do programa.
“O Ministério da Educação (MEC) analisou cada situação alegada e nenhuma configurou erro no sistema”, declarou a pasta.
Sobre o critério de classificação dos candidatos utilizados no programa, o Ministério declarou que “a classificação do candidato não ocorre por curso, mas por Grupo de Preferência, por Mesorregião”, mas não comentou a reclamação sobre o sistema não apresentar uma ordem em relação ao curso escolhido ou à quantidade de vagas disponíveis.
Já sobre a alegação de que o sistema não considerou a inscrição de alguns candidatos, a pasta disse que: “Também foi constatado que teve candidato que não concluiu a inscrição mesmo o MEC tendo enviado mensagens solicitando a conclusão.”
O MEC não citou em nota a inconsistência alegada no número de convocados por quantidades de vagas indicada por participantes, mas afirmou, em contato com a reportagem, que as vagas que não foram preenchidas de acordo com os critérios definidos foram redistribuídas entre outras instituições do grupo de preferência (composto por outros cursos/turnos/locais de oferta/instituições).
Diante das centenas de reclamações nas redes sociais, a pasta se limitou a comentar o assunto de maneira geral, uma vez que a equipe técnica não identificou erros no sistema de pré-seleção.
O Ministério da Educação segue divulgando em suas redes sociais que os candidatos pré-selecionados devem complementar seus dados no sistema do programa até as 23h59 de 21 de fevereiro.
Entenda o caso
Candidatos que se inscreveram no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do 1º semestre de 2025 afirmaram que erros no sistema do programa estavam colocando alunos erroneamente na lista de espera.
Candidatos ouvidos pelo g1 alegavam que:
tinham nota suficiente para serem aprovados dentro da quantidade de vagas ofertadas, mas foram para a lista de espera;
candidatos não estavam sendo convocados para as vagas disponíveis em alguns casos;
o número de candidatos convocados era maior do que o número de vagas em alguns casos;
a ordem de classificação não refletia a posição real do candidato em relação à vaga desejada;
erros no sistema indicavam que alunos que concluíram a inscrição estavam com pendência em uma edição anterior do programa.
A equipe do g1 chegou a procurar o MEC na ocasião das acusações, e a pasta ficou de verificar as alegações, mas não respondeu até a publicação da reportagem.
O g1 retomou contato com a pasta nesta quinta-feira (20), e obteve a resposta informada no início desta reportagem.
VÍDEOS DE EDUCAÇÃO

Governo regulamenta lei que proíbe celulares nas escolas e garante uso para estudantes com deficiência

Medida foi publicada no Diário Oficial desta quarta (19). Segundo o documento, local onde os celulares ficarão guardados será uma decisão de cada escola. O governo federal publicou nesta quarta-feira (19) um decreto para regulamentar a lei que restringe o uso de celulares nas escolas.
📲Segundo o documento, o uso será permitido apenas por estudantes com deficiência e para monitoramento ou cuidado de condições de saúde.
Para os estudantes com deficiência será necessário a apresentação de atestado, laudo ou outro documento assinado por profissional de saúde com a indicação do uso do dispositivo como instrumento de assistência no processo de ensino e aprendizagem, de socialização ou de comunicação.
Alunos e escolas se adaptam às novas regras que proíbem o uso de celulares
O uso também será liberado para monitoramento ou cuidado de condições de saúde dos estudantes e para garantir o exercício de direitos fundamentais.
Proibição nas escolas
A lei que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos nas escolas foi aprovada no final de 2024 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula em janeiro deste ano.
A medida vale para instituições de ensino públicas e privadas e proíbe o uso dos aparelhos durante a aula, o recreio ou intervalos entre as aulas, para todas as etapas da educação básica.
O documento prevê que é papel das escolas determinar de que forma os aparelhos eletrônicos serão armazenados.
Além disso, os estabelecimentos devem determinar, em seus regimentos internos e nas propostas pedagógicas:
estratégias para orientar estudantes, as famílias e professores;
critérios para orientar o uso pedagógico dos aparelhos eletrônicos portáteis pessoais;
as consequências do descumprimento.
Além de promover ações de conscientização sobre os riscos do uso excessivo de aparelhos eletrônicos, as escolas deverão oferecer formação aos profissionais da educação sobre:
educação digital para o uso seguro, responsável e equilibrado de aparelhos eletrônicos; e
identificação de sinais de sofrimento psíquico em estudantes, decorrente do uso excessivo de celulares.
Os estabelecimentos também deverão promover espaços de escuta e garantir acolhimento aos estudantes, aos professores e aos profissionais atuantes no estabelecimento de ensino que apresentem sinais de sofrimento psíquico relacionado ao uso de dispositivos digitais e às ofensas on-line.
O decreto informa ainda que o Conselho Nacional de Educação poderá estabelecer normas complementares para a implementação da lei.

Fies: estudantes apontam erros na divulgação de resultados e temem não conseguir o financiamento

Harvard segue como a universidade com a melhor reputação; Brasil tem USP e Unicamp na lista
Estudantes com notas e classificação suficientes para garantirem uma vaga na chamada regular única não teriam sido pré-aprovados. Problemas na classificação dos estudantes também foram indicadas. Candidatos que se inscreveram no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do 1º semestre de 2025 afirmam que erros do sistema estão colocando alunos erroneamente na lista de espera do programa.
De acordo com participantes ouvidos pelo g1, estudantes com notas e classificação suficientes para garantirem uma vaga na chamada regular única não foram pré-aprovados.
O erro acontece desde a divulgação dos pré-selecionados na terça-feira (18). O medo dos candidatos é que isso prejudique a etapa de envio de documentação dos selecionados, que acontece desde esta quarta (19) até sexta-feira (21).
De acordo com os critérios do processo seletivo, cada candidato pôde escolher até 3 cursos para concorrer ao financiamento durante o período de inscrições. As vagas poderiam ser distribuídas em até três categorias: 1) ampla concorrência, 2) autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas (PPIQ) e 3) pessoas com deficiência (PcD).
Além disso, 50% das vagas deveriam ser reservadas para candidatos com renda familiar per capita de até meio salário-mínimo inscrito no CadÚnico, o chamado Fies Social.
No entanto, com a divulgação dos pré-aprovados, os erros ficaram evidentes. Em alguns casos, o número de candidatos pré-selecionados foi menor do que o número de vagas disponíveis.
No Centro de Ensino Superior do Amapá, por exemplo, havia 20 vagas no curso de Direito para ampla concorrência. 66 pessoas se inscreveram para as vagas, mas nenhuma foi pré-selecionada. Na modalidade PPIQ, eram 18 vagas. 40 candidatos se inscreveram e apenas dois foram pré-aprovados.
Classificação do curso de direito do Centro de Ensino Superior do Amapá no Fies 2025.
Reprodução.
O estudante Rômulo Lima Santos, de 28 anos, foi um dos candidatos que foi jogado para a lista de espera pelo sistema do programa.
“Se todas as vagas que aparecem como ofertadas pelo MEC fossem preenchidas com candidatos, de acordo com a lista ordenada, eu estaria pré-selecionada para as demais etapas”, diz.
Já nas vagas para o curso de medicina da Universidade Nove de Julho, em São Paulo, o número de pessoas convocadas para a próxima etapa foi maior do que o número de vagas. 171 candidatos foram pré-selecionados para 120 vagas de ampla concorrência oferecidas pelo programa. Na versão Fies Social, o número de aprovados por vagas foi ainda maior: 238 pessoas para 120 vagas de ampla concorrência.
Classificação do curso de Medicina da Uninove em São Paulo (SP) no Fies 2025.
Reprodução
“É um erro grave. Eu me inscrevi apenas nessa unidade, para esse curso. Mesmo se a lista rodar, eu não vou passar, pois é como se o meu grupo não estivesse participando do processo seletivo”, lamenta Nilce Vilma Oliveira, de 27 anos.
Outro problema apontado pelos estudantes foi o critério de classificação dos candidatos, que indica a posição em relação a outros estudantes da região, e não leva em consideração quantidade de vagas ou o curso escolhido.
A pernambucana Maise Vasconcelos Tenório, de 19 anos, aparece na sexta posição entre os candidatos que se inscreveram às vagas PPQI para o curso de odontologia pelo Centro Maurício de Nassau (Uninassau – campus Garanhuns). Mesmo assim, ela está classificada na 23ª posição. Dos 24 inscritos para as 16 vagas da categoria, nenhum foi pré-selecionado.
Não dá para saber qual é minha colocação real. Estou na 6ª colocação, e tirando um outro candidato que passou em outra faculdade, sou a 5ª colocada. E mesmo assim não fui pré-selecionada para a faculdade. Aliás, nenhum de nós que estamos dentro das posições fomos pré-selecionados.
Erros como esses se repetiram em vários cursos e instituições que integram o programa. Nas redes sociais do Ministério da Educação, centenas de estudantes cobram uma posição e respostas da pasta sobre os problemas na seleção.
Candidatos reclamam de erro no sistema do Fies 2025.
Reprodução.
O g1 procurou o Ministério da Educação para saber se confirmam os erros, e se haverá mudança no cronograma do Fies. A pasta não confirmou os erros, mas declarou que verificaria os erros alegados com área técnica responsável. A reportagem será atualizada caso haja um novo retorno.
VÍDEOS DE EDUCAÇÃO

Erros no Fies: candidatos reclamam de problemas na pré-seleção e classificação do programa, e temem não conseguir o financiamento

Harvard segue como a universidade com a melhor reputação; Brasil tem USP e Unicamp na lista
Estudantes com notas e classificação suficientes para garantirem uma vaga na chamada regular única não teriam sido pré-aprovados. Problemas na classificação dos estudantes também foram indicadas. Candidatos que se inscreveram no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do 1º semestre de 2025 afirmam que erros do sistema estão condicionando alunos erroneamente à lista de espera do programa.
De acordo com participantes ouvidos pelo g1, estudantes com notas e classificação suficientes para garantirem uma vaga na chamada regular única não foram pré-aprovados.
O erro acontece desde a divulgação dos pré-selecionados na terça-feira (18). O medo dos candidatos é que isso prejudique a etapa de envio de documentação dos selecionados, que acontece desde esta quarta (19) até sexta-feira (21).
De acordo com os critérios do processo seletivo, cada candidato pôde escolher até 3 cursos para concorrer ao financiamento durante o período de inscrições. As vagas poderiam ser distribuídas em até três categorias: 1) ampla concorrência, 2) autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas (PPIQ) e 3) pessoas com deficiência (PcD).
Além disso, 50% das vagas deveriam ser reservadas para candidatos com renda familiar per capita de até meio salário-mínimo inscrito no CadÚnico, o chamado Fies Social.
No entanto, com a divulgação dos pré-aprovados, os erros ficaram evidentes. Em alguns casos, o número de candidatos pré-selecionados foi menor do que o número de vagas disponíveis.
No Centro de Ensino Superior do Amapá, por exemplo, haviam 20 vagas no curso de Direito para ampla concorrência. 66 pessoas se inscreveram para as vagas, mas nenhuma foi pré-selecionada. Na modalidade PPIQ, eram 18 vagas. 40 candidatos se inscreveram e apenas dois foram pré-aprovados.
Classificação do curso de direito do Centro de Ensino Superior do Amapá no Fies 2025.
Reprodução.
O estudante Rômulo Lima Santos, de 28 anos, foi um dos candidatos que foi jogado para a lista de espera pelo sistema do programa.
“Se todas as vagas que aparecem como ofertadas pelo MEC fossem preenchidas com candidatos, de acordo com a lista ordenada, eu estaria pré-selecionada para as demais etapas”, diz.
Já nas vagas para o curso de medicina da Universidade Nove de Julho, em São Paulo, o número de pessoas convocadas para a próxima etapa foi maior do que o número de vagas. 171 candidatos foram pré-selecionados para 120 vagas de ampla concorrência oferecidas pelo programa. Na versão Fies Social, o número de aprovados por vagas foi ainda maior: 238 pessoas para 120 vagas de ampla concorrência.
Classificação do curso de Medicina da Uninove em São Paulo (SP) no Fies 2025.
Reprodução
“É um erro grave. Eu me inscrevi apenas nessa unidade, para esse curso. Mesmo se a lista rodar, eu não vou passar, pois é como se o meu grupo não estivesse participando do processo seletivo”, lamenta Nilce Vilma Oliveira, de 27 anos.
Outro problema apontado pelos estudantes foi o critério de classificação dos candidatos, que indica a posição em relação a outros estudantes da região, e não leva em consideração quantidade de vagas ou o curso escolhido.
A pernambucana Maise Vasconcelos Tenório, de 19 anos, aparece na sexta posição entre os candidatos que se inscreveram às vagas PPQI para o curso de odontologia pelo Centro Maurício de Nassau (Uninassau – campus Garanhuns). Mesmo assim, ela está classificada na 23ª posição. Dos 24 inscritos para as 16 vagas da categoria, nenhum foi pré-selecionado.
Não dá para saber qual é minha colocação real. Estou na 6ª colocação, e tirando um outro candidato que passou em outra faculdade, sou a 5ª colocada. E mesmo assim não fui pré-selecionada para a faculdade. Aliás, nenhum de nós que estamos dentro das posições fomos pré-selecionados.
Erros como esses se repetiram em vários cursos e instituições que integram o programa. Nas redes sociais do Ministério da Educação, centenas de estudantes cobram uma posição e respostas da pasta sobre os problemas na seleção.
Candidatos reclamam de erro no sistema do Fies 2025.
Reprodução.
O g1 procurou o Ministério da Educação para saber se confirmam os erros, e se haverá mudança no cronograma do Fies. A pasta não confirmou os erros, mas declarou que verificaria os erros alegados com área técnica responsável. A reportagem será atualizada caso haja um novo retorno.
VÍDEOS DE EDUCAÇÃO

Harvard segue como a universidade com a melhor reputação; Brasil tem USP e Unicamp na lista

Harvard segue como a universidade com a melhor reputação; Brasil tem USP e Unicamp na lista
Ranking considerou a opinião de acadêmicos sobre excelência em ensino e pesquisa. e histórico de publicação para eleger as 300 instituições do mundo com melhores reputações. Foto de 2019 mostra alunos perto da biblioteca Widener, na Universidade Harvard, nos EUA
Charles Krupa/Arquivo/AP Photo
A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, segue sendo considerada a instituição de ensino superior com melhor reputação do mundo. O título foi concedido pela revista britânica Times Higher Education (THE). É o 14º ano consecutivo que Harvard ocupa a primeira colocação do ranking.
Ainda no pódio estão o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, também dos EUA, e Universidade de Oxford, do Reino Unido.
As únicas instituições do top 10 que são de outros países são a Universidade de Tsinghua, da China, que ocupa a 8º colocação, e a Universidade de Tóquio, no Japão, na 10ª.
Confira o top 10 de universidades com melhores reputações de 2025:
Universidade de Harvard (Estados Unidos)
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Estados Unidos)
Universidade de Oxford (Reino Unido)
Universidade de Stanford (Estados Unidos)
Universidade de Cambridge (Reino Unido)
Universidade da Califórnia, Berkeley (Estados Unidos)
Universidade de Princeton (Estados Unidos)
Universidade de Tsinghua (China)
Universidade de Yale (Estados Unidos)
Universidade de Tóquio (Japão)
Universidade de Harvard, nos EUA.
ROSE LINCOLN/HARVARD UNIVERSITY
Para montar a lista, a revista considerou a opinião de mais de 55 mil acadêmicos. Os avaliadores nomearam até 15 instituições que consideravam ter excelência em ensino e pesquisa para compor cerca de 60% das notas das instituições.
Os profissionais também avaliaram cinco universidades cada, e seus históricos de publicação. A classificação dessas instituições representou mais 20% da pontuação no ranking.
Brasileiras no ranking
As únicas instituições brasileiras listadas entre as 300 instituições avaliadas com as melhores reputações de 2025 foram a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Como a lista só classifica as 100 melhores colocadas, a USP ficou entre as 150 melhores, e a Unicamp, entre as 200 melhores.
VÍDEOS DE EDUCAÇÃO