Como é ter HIV e estar em apps de paquera: ‘As pessoas dizem que eu não deveria fazer sexo’

Correr maratonas pode ajudar a ‘rejuvenescer’ suas artérias, diz pesquisa
Aled Osborne costuma dizer abertamente que tem HIV, mas quando usa aplicativos de relacionamento, como o Tinder, sua sinceridade se volta contra ele. Aled diz que certas perguntas chegam a provocar calafrios por dentro
BBC
Aled Osborne costuma falar abertamente que tem HIV, vírus causador da Aids. Mas, quando usa aplicativos de relacionamento, como o Tinder, sua sinceridade se volta contra ele.
Muitas vezes, ele é alvo de abusos e insultos por parte de desconhecidos, que fazem perguntas ofensivas e invasivas.
Você vai morrer? Por que você está procurando sexo? Posso ser infectado ao sentar no vaso sanitário? Estes são alguns comentários que ele costuma ouvir, conforme relatou em entrevista à BBC.
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"Um indivíduo me perguntou como eu contraí (o vírus) e depois quis saber se a pessoa (que me infectou) era mais velha. Quando perguntei por que, ele respondeu: 'Sempre me pareceu que os jovens são mais saudáveis'. E, na sequência, me perguntou se a pessoa era branca."
Graças à terapia antirretroviral, hoje sua carga viral (quantidade de HIV no sangue) é considerada indetectável — ou seja, é próxima a zero (menos de 50 cópias de HIV por mililitro de sangue). É tão baixa que nem sequer pode ser medida.
Quem tem a carga viral indetectável há pelo menos seis meses não é capaz de transmitir o vírus para outra pessoa, mesmo que tenha relação sexual com ela.
O que é a terapia antirretroviral?
É uma combinação de medicamentos que devem ser tomados diariamente para impedir a replicação do HIV no organismo.
Não é capaz de curar o HIV, mas pode reduzir a quantidade de vírus no sangue a níveis indetectáveis.
Pacientes com HIV 'indetectável' por pelo menos seis meses não transmitem o vírus
Maureen Metcalfe, Tom Hodge/CDC/AP
A maioria das pessoas com HIV toma uma pílula combinada uma vez ao dia, mas outras podem tomar até quatro, dependendo de suas necessidades específicas de saúde.
A recomendação é que todos os pacientes iniciem o tratamento imediatamente após serem diagnosticados.
Atualmente, 36,9 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo, de acordo com o programa conjunto da Organização das Nações Unidas para a HIV/Aids (Unaids).
'Você está limpo?'
"Uma coisa que me dá arrepios e me faz revirar os olhos é quando as pessoas fazem a seguinte pergunta no aplicativo: 'Você está limpo?'"
O que elas querem saber, acrescenta Aled, é se você "está livre" de qualquer doença sexualmente transmissível.
"(Mas) o contrário de 'limpo' é 'sujo'. Você vai querer me dizer agora que eu sou 'sujo'?", questiona.
Ele conta que também recebe mensagens mais agressivas, como: "O que você está fazendo aqui?", "você não deveria estar aqui", "não deveria fazer sexo" ou "não deveria estar em busca de um relacionamento".
'Você está limpo?' é uma das perguntas que mais incomoda Aled
BBC
Aled, que se define em seu perfil no Twitter como um ativista na luta contra o HIV/AIDS, afirma que foi se fortalecendo contra esse tipo de comentário no decorrer dos anos.
"Já consigo antecipar algumas perguntas que as pessoas vão fazer, e me fortaleci para poder respondê-las constantemente".
Ele dá um conselho para quem faz esse tipo de pergunta:
"Simplesmente lembre-se de que você está se comunicando com outra pessoa. É outro ser humano que está recebendo essas informações, não apenas uma foto na tela do seu celular".
"Pergunte a si mesmo se você faria essa pergunta ao vivo."
"E se a resposta for 'não', talvez você também não deva formulá-la por meio de um aplicativo".
Aled prefere falar abertamente sobre sua condição
BBC
8 coisas que você não deveria dizer a alguém com HIV / AIDS:
A BBC entrevistou várias pessoas portadoras do vírus, e elas disseram que estes são os comentários que mais fazem… e que mais geram desconforto:
Como você foi infectado?
Quanto tempo você tem de vida?
Então você não pode voltar a fazer sexo?
Você deveria dizer às pessoas diretamente
Se eu compartilhar uma bebida com você, vou ser infectado?
Você deve ser promíscuo
Você nunca vai poder ter uma família?
Você preferia que isso nunca tivesse acontecido
Fonte: BBC Ideas

Qual foi a estranha 1ª fobia registrada pela ciência

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Ela foi descrita há 2.500 anos por Hipócrates, o grego 'pai da medicina'. O termo pogonofobia é usado desde 1851 para descrever um medo persistente, desproporcional e irracional em relação às barbas
Getty Images/BBC
A sua respiração acelera, seu coração bate mais rápido, você transpira, seus músculos tensionam… O que acontece no seu organismo quando você tem uma reação fóbica?
No cérebro, a amígdala reconhece uma situação como perigosa.
O hipotálamo desencadeia sua resposta de luta ou fuga.
E o hipocampo registra o seu medo, para lembrá-lo da próxima vez que enfrentar algo semelhante.
Há mais glicose no sangue, o que aumenta sua energia.
Na maioria dos casos, o córtex pré-frontal, a parte racional e exclusivamente humana do cérebro, pode acalmar a amígdala.
Mas se você tem uma fobia, esse processo não funciona muito bem e seu cérebro fica preso no modo de ataque/defesa.
De onde vêm as fobias?
A primeira fobia registrada foi sentida por um homem que ficava aterrorizado com a música de uma flauta, mas apenas se ele a ouvisse à noite.
Ela foi descrita há 2.500 anos pelo grego Hipócrates, o "pai da medicina". Ele não usava, ainda, a palavra "fobia" — isso aconteceu 500 anos depois, quando o autor romano Celso a usou em 30 d.C.
Ele descreveu a hidrofobia como "uma doença muito infeliz na qual a pessoa doente é atormentada ao mesmo tempo pela sede e medo da água, e para a qual há pouca esperança".
Embora Celso, como outros autores clássicos, soubessem que a hidrofobia e a raiva estavam relacionadas, eles usaram o termo "raiva" para a doença que atacava os animais, enquanto a hidrofobia era o nome da versão humana da doença.
Hoje, a hidrofobia — o medo de água — é usada no contexto da doença da raiva, pois é um sintoma característico daqueles que sofrem dela.
O medo irracional e doentio da água ou da natação é chamado de aquafobia.
Celso pegou a palavra fobia do deus grego Fobos, que era tão assustador que os guerreiros o pintavam nos escudos para amedrontar seus inimigos.
Medo + desejo = fobia
Um dos casos mais famosos da psicanálise é o que Sigmund Freud descreveu em Análise da Fobia de Uma Criança de Cinco Anos, em 1909.
Fobias foram descritas ao longo da história como medos 'irracionais e doentios'
Getty Images/BBC
O garoto, conhecido como O Pequeno Hans, testemunhou aos 4 anos de idade um evento que o aterrorizou quando ele estava em um parque com uma empregada da família.
Uma carruagem puxando uma carga pesada desabou.
Isso o levou a ter medo de sair de casa, centrado no terror a cavalos — a equinofobia — e a cargas pesadas.
Para Freud, era um medo inconsciente de seu pai e relacionado a sentimentos sexuais por sua mãe.
Psicanalistas modernos ainda acreditam que as fobias podem ser causadas por conflitos internos como esse.
Mesas não tão planas
Outra teoria é de que pelo menos alguns medos são inatos. A ideia central é que o medo nos deu uma vantagem evolutiva.
Em um estudo que parece corroborar essa teoria, os pesquisadores mostraram imagens de aranhas e cobras a bebês pequenos e descobriram que suas pupilas estavam dilatando — um sinal de medo ou de intensa concentração.
Cerca de 5% das pessoas têm essas fobias.
E talvez o mesmo mecanismo tenha nos deixado outras fobias comuns, como medo de altura, escuridão, espaços confinados, todos perigosos quando estávamos evoluindo.
Psicóloga explica como identificar fobia social na infância
Sem raízes
Desde a época do Pequeno Hans, um grande número de fobias foram detectadas e nomeadas, desde iatrofobia (medo de médicos), pogonofobia (de barbas) e até deipnofobia (o medo irracional e patológico de interagir com outras pessoas durante uma refeição).
E embora possamos não conhecer a causa principal das fobias, sabemos como elas se desenvolvem.
Você pode ter uma fobia vendo o medo de outras pessoas.
Uma fobia também pode ser adquirida pelo aprendizado: saber mais sobre germes, por exemplo, pode levar à bacilofobia.
Ou você pode desenvolver uma fobia depois de ter uma experiência traumática, especialmente na infância.
Curiosamente, as fobias comuns são muito semelhantes em todas as culturas. Mas uma das poucas culturalmente específicas é a taijin kyofusho, a fobia japonesa de envergonhar outras pessoas.
Simples e complexas
Todas as fobias que mencionamos são classificadas como fobias simples, ou seja, elas são medos de coisas específicas.
Mas existem duas fobias complexas.
A fobia social é desencadeada por estar perto de pessoas desconhecidas e a agorafobia por estar fora de casa, especialmente em um local sem rotas de fuga.
Embora essas sejam condições graves, elas podem ser tratadas com terapia e medicamentos.
Fobias simples, apesar do sofrimento que causam, são mais fáceis de tratar.
Muitos médicos recomendam a terapia cognitiva-comportamental, com um terapeuta que ajude a se acostumar gradualmente ao que causa terror.
Então, se uma fobia o incomoda, você pode ir ao médico… A menos que você seja iatrofóbico, é claro.
Biomédica explica fobia de injeção

Como falar de uma doença grave com uma criança?

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Abordar a questão de uma patologia grave com uma criança exige tato e comunicação adequada. A vítima pode ser ela mesma ou um pessoa próxima, mas, em ambos os casos, é fundamental o acompanhamento de um profissional. Criança aprendendo lendo estudando
Stephen Andrews / Unsplash
Existe uma maneira ideal de contar para uma criança que ela sofre de um câncer ou de uma outra doença grave? Esta é uma situação vivenciada com frequência pela pediatra Béatrice Pellegrino, presidente da rede de hemato-oncologia e cuidados paliativos pediátricos, ambos na região parisiense.
“Sempre chamo os pais de lado para conversar e anunciar o diagnóstico. Isso é essencial antes de conversar com a criança, para conhecê-la melhor”, diz. Isso também evita que eles se emocionem na frente dos filhos, explica.
“O que deixa a criança preocupada é ver seus pais chorarem. E os adultos têm questionamentos que só podem ser feitos longe dos filhos", diz.
Uma das dificuldades, explica, é que essa conversa sempre acontece em uma situação de emergência – a cirurgia ou tratamento devem ser realizados rapidamente para aumentar as chances do paciente. A família deve compreender e assimilar as informações em um curto espaço de tempo. “O ponto-chave é utilizar palavras compreensíveis, esquecer os jargões médicos”, observa.
Os profissionais utilizam desenhos para explicar os sintomas e o diagnóstico. Em seguida, recolhem informações sobre o cotidiano da família, sua estrutura, a profissão dos pais e a percepção que eles têm sobre o próprio filho. A ideia, diz a médica francesa, é adaptar o discurso em função da personalidade da criança. “Tentamos gerenciar a situação com toda a empatia possível, dizendo a verdade mas também dando esperança, valorizando os pontos positivos”, salienta.
Palavras certas, no momento certo
A questão da idade também é um ponto importante a ser considerado na hora do diagnóstico. Como descomplicar o nome de certas doenças, como é o caso de certos tipos de linfomas ou leucemias? Para a pediatra, é importante nomear a patologia sem rodeios.
“Temos muitos livros para crianças, sobre anatomia, que mostram onde estão situadas as lesões, e qual órgão foi atingido”, detalha. "Isso vai ajudar a criança a compreender seus sintomas e mal-estar."
Em geral, diz a pediatra, a reação do paciente varia muito, mas o interesse em relação à própria doença é relativo. Para uma criança pequena, o que importa é como isso vai afetar seu cotidiano. O esforço das equipes médicas consiste, desta forma, a inserir ou adaptar o tratamento dentro do dia a dia, permitindo que elas continuem a frequentar a escola, por exemplo.
Com frequência, os irmãos são convidados a participar dos cuidados hospitalares para ajudar e entender o que está acontecendo. Desta forma, questões sobre a morte, por exemplo, poderão ser abordadas com os profissionais, longe do paciente.
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Livro desmistifica câncer
A professora de teatro francesa Camille Genié é autora do livro “Comment maman a tué le chef des pamplemousses” (“Como mamãe matou o chefe das toranjas”, em tradução livre).
A “toranja”, fruta pouco conhecida no Brasil mas que se parece com uma laranja Bahia, citada no título, faz alusão ao linfoma descoberto em Camille – um tumor situado perto do coração.
Os médicos, ao anunciarem o diagnóstico, fizeram uma analogia com a fruta para explicar a gravidade do caso. Isso não impediu a francesa, com a ajuda da ilustradora Pascale Bougeault, de dar um tom bem-humorado ao livro. Pelo contrário: ela se apropriou do exemplo médico para construir sua história.
A obra narra seu combate contra o câncer e maneira como seu filho, que tinha três anos e meio quando ela foi diagnosticada, vivenciou a situação. O narrador é a própria criança, que compartilha com o leitor seus medos, dúvida e incertezas – uma experiência que ajudou os dois a superarem o drama.
“As palavras usadas para falar sobre o diagnóstico com as crianças são essenciais e indispensáveis”, diz a francesa. O fato de ser atriz, diz, também a ajudou a entrar em um processo criativo e se distanciar da dura realidade. O público-alvo da obra são crianças que vivem situações parecidas.
Na capa do livro, Camille é representada em um desenho vestida de cacique, pronta para combater o mal, ao lado do filho. “O humor é um traço de personalidade meu, que existe desde antes de eu ficar doente”, conta.
“A cumplicidade com meu filho sempre existiu”, completa. Hoje Camille está em remissão e seu filho tem oito anos. “A doença é uma lembrança. Ele tem orgulho do livro que fizemos juntos e foi o primeiro a pegar a obra e levar para a escola.”
*As entrevistas foram concedidas ao programa da RFI em francês, "Priorité Santé."
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Gastroenterite: saiba quais são os sintomas e como evitar

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Ator Tony Ramos chegou a ser internado com a doença e teve alta nesta terça-feira (7). Infecção no intestino pode ser causada por vários fatores, como consumo de água ou alimentos contaminados. Verão aumenta riscos. O ator Tony Ramos teve alta nesta terça-feira (7) após ser internado com o diagnóstico de gastroenterite, doença bastante comum no Brasil. Riscos de contaminação aumentam no verão (ler mais abaixo). De acordo com publicação do Ministério da Saúde, qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e gênero, pode manifestar sintomas como diarreia e vômito, após serem contaminadas por alimento ou água.
Ricardo Barbuti, gastroenterologista e médico assistente do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), explicou ao G1 que a gastroenterite é uma inflamação aguda do intestino e do estômago. Normalmente, essa inflamação se apresenta com quadro de diarreia e vômitos que podem se agravar e causar desidratação.
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A gastroenterite pode ser causada por diferentes agentes infecciosos (bactérias, vírus e outros parasitas, como os protozoários) que afetam o estômago e o intestino.
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Barbuti explica que é comum o quadro ser infeccioso e causado por vírus. Os vírus mais frequentes são o norovírus e o rotavírus.
“O norovírus, especificamente, é muito comum nesses surtos que acontecem em navios e em hotéis, e é mais habitual em locais mais frios”, explica. O rotavírus ainda é um dos principais agentes virais causadores das doenças diarreicas agudas (DDA), no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção pelo rotavírus, mas ele é uma das “mais importantes causas de diarreia grave em crianças menores de cinco anos no mundo, particularmente nos países em desenvolvimento”.
Ilustração representa rotavirus
CDC/Jessica A. Allen
Atenção aos alimentos
Segundo Barbuti, as diarreias virais se tornam mais comuns durante o verão pela facilidade que o vírus tem de se espalhar, tanto de pessoa para pessoa, quanto a partir de alimentos contaminados com o vírus.
O gastroenterologista sugere que os alimentos crus devem ser consumidos de forma mais rápida, pois a chance deles se contaminarem em uma temperatura ambiente alta é maior. Outra sugestão, é evitar alimentos muito manipulados, pois há chance de contaminação, principalmente quando se desconhece a procedência do alimento.
"É muito melhor você comer uma maça inteira do que uma salada de frutas, onde um monte de gente pegou, manipulou, cortou" – Ricardo Barbuti, gastroenterologista.
Higienização dos alimentos requer atenção e cautela
Pixabay/Divulgação
Cuidado com a desidratação
O Ministério da Saúde alerta que a principal complicação da gastroenterite é a desidratação. Há o risco de complicações, principalmente, em crianças e idosos, caso ela não seja revertida rapidamente. O Ministério recomenda que o paciente com diarreia deve ficar atento e voltar aos serviços de saúde se não perceber melhoras ou se apresentar os seguintes sintomas:
Piora da diarreia
Vômitos repetidos
Muita sede
Recusa de alimentos
Sangue nas fezes
Diminuição da urina
O que fazer na crise de diarreia
O que pode causar gastroenterite?
Consumir água sem tratamento
Consumir alimentos sem conhecer a procedência, ou sem se preocupar com o preparo e o armazenamento
Consumir leite e derivados in natura (sem ferver ou pasteurizar)
Consumo de carnes cruas ou malcozidas
Consumo de frutas, verdura e legumes sem higienização adequada;
Falta de saneamento básico
Falta de higiene pessoal
O tema é Intoxicação alimentar

Correr maratonas pode ajudar a ‘rejuvenescer’ suas artérias, diz pesquisa

Correr maratonas pode ajudar a ‘rejuvenescer’ suas artérias, diz pesquisa
O treinamento para a primeira maratona proporciona artérias mais elásticas e menor pressão arterial, dizem especialistas. Treinar para correr a primeira maratona da vida pode rejuvenescer idade arterial
Treinar para uma maratona e completá-la melhora a saúde das artérias do novo corredor, cortando cerca de quatro anos da sua "idade vascular", segundo um estudo.
Treino precisa ser calibrado de forma gradual
Getty images
Pesquisadores do Barts e University College London fizeram testes com 138 corredores iniciantes na Maratona de Londres.
Após seis meses de treinamento, as artérias deles 'rejuvenesceram', o que reduz o risco de ataques cardíacos e derrames.
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E a pressão sanguínea caiu como se eles tivessem tomado remédios.
Aqueles que antes estavam menos em forma pareceram se beneficiar ainda mais.
E quantidades menores de exercícios aeróbicos provavelmente terão um efeito semelhante, de acordo com a British Heart Foundation (BHF), que financiou o estudo, no Journal of the American College of Cardiology.
Eles levaram entre quatro e meia e cinco horas e meia para percorrer os 42 km.
É perigoso?
Corredores com uma condição cardíaca pré-existente mas não diagnosticada morreram tentando maratonas — mas é muito raro isso acontecer.
"Pessoas com doenças cardíacas conhecidas ou outras condições médicas devem falar com seu médico primeiro. Mas, para a maioria das pessoas, os benefícios de se exercitar superam qualquer risco", disse a coordenadora da pesquisa, Charlotte Manistry.
Qual é a melhor maneira de treinar?
Comece meses antes da maratona, inicie cada sessão com um aquecimento e aumente gradualmente a distância percorrida.
Programar dias de descanso entre as corridas é importante, porque permite que as articulações e os músculos se recuperem e se fortaleçam.
Consulte um médico para mapear possíveis problemas de saúde.
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Qual é o volume de exercício necessário para manter a forma e a saúde?
Em uma semana, os adultos devem fazer um mínimo de 150 minutos de exercícios de intensidade moderada, como caminhada rápida, tênis ou ciclismo — ou 75 minutos de exercício vigoroso, como corrida, futebol ou rugby.
As pessoas também devem fazer atividades de fortalecimento — como flexões, abdominais ou musculação — pelo menos duas vezes por semana para preparar os músculos.
"Os benefícios do exercício são inegáveis. Manter-se ativo reduz o risco de sofrer um ataque cardíaco ou derrame e reduz suas chances de morte precoce", diz Metin Avkiran, da BHF.
ONG Vida Corrida incentiva exercícios na periferia.