Vídeo: saiba por que se automedicar é tão perigoso para os rins

Hábito pode causar lesões diretas em um órgão que tem múltiplas funções. Os rins cumprem diversas funções em nosso organismo, desde eliminar toxinas até produzir hormônios. Seu funcionamento, portanto, é decisivo para a saúde. Só que há um hábito muito comum no Brasil que pode comprometer seriamente esse órgão: a automedicação.
Estudos mostram que 77% dos brasileiros se automedicam, o que pode causar lesões diretas nos rins e ter consequências graves para a saúde. No vídeo, entenda como o uso indiscriminado de medicamentos – especialmente os anti-inflamatórios – afeta um órgão tão importante.
Vídeo: saiba por que se automedicar é tão perigoso para os rins

Entenda como é feita a hemodiálise

Ano Novo: 5 dicas para conseguir cumprir suas resoluções
Procedimento serve para filtrar o sangue fora do organismo em casos de insuficiência renal grave. Quando os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue, o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, uréia e creatinina no organismo fica prejudicado. Em casos de insuficiência renal grave, a hemodiálise pode ser a alternativa para recuperar esse equilíbrio. O procedimento faz o trabalho que o rim doente não pode fazer, através de uma máquina, que retira o sangue do paciente para purificá-lo e devolvê-lo ao organismo depois de filtrado.
Como a doença renal não tem sintomas aparentes, é comum os pacientes descobrirem o problema já em estágio avançado. A análise de creatinina no sangue e exames de urina ajudam no diagnóstico precoce. Esses exames são ainda mais recomendados a pacientes com diabetes e hipertensão, que são os principais fatores de risco para doença renal.
Conforme o Censo Brasileiro de Diálise da Sociedade Brasileira de Nefrologia, mais de 130 mil pacientes fazem hemodiálise no Brasil. Além da hemodiálise, existe também a diálise peritoneal, feita pelo abdome, e que pode ser realizada em casa. Mais de 90% dos brasileiros que dialisam fazem hemodiálise regularmente em unidades de saúde.
O tratamento é indicado quando não é possível reverter a progressão da falência dos rins com remédios e mudanças na dieta. O tempo e a quantidade de sessões de hemodiálise variam conforme o quadro clínico de cada paciente.
Veja, no infográfico abaixo, como funciona:
Infográfico mostra o passo a passo de uma hemodiálise
Divulgação

Como a comida pode ajudar a aliviar a dor causada pela morte de um ente querido

Ano Novo: 5 dicas para conseguir cumprir suas resoluções
Uma boa refeição é muito importante depois de sofrer a dor de perder alguém próximo, mas, ao mesmo tempo, a falta apetite é comum em momentos de luto. A comida é um elemento fundamental durante os processos de luto em vários países, incluindo os Estados Unidos
Katie Horwich/BBC
Os alimentos podem ajudar no processo de luto quando há uma morte na família? Uma boa alimentação é muito importante depois da perda de alguém próximo, mas, ao mesmo tempo, a falta de apetite é bastante comum quando alguém está passando por um momento como esse.
Perder completamente a vontade de comer é algo que a americana Lindsay Ostrom conhece bem. Com apenas cinco meses e meio de gravidez, ela teve que dar à luz seu filho Afton. No dia seguinte, o recém-nascido morreu.
"Tudo o que eu conseguia pensar era na morte do meu filho e o que isso significava para mim. Eu não me importava com mais nada", explicou ela, que mora no Estado de Minnesota, nos Estados Unidos.
O problema é que, para Ostrom, a comida era algo muito importante: ela tinha um blog sobre culinária chamado A Pinch of Yum (algo como uma pitada de delícia).
Uma receita para o luto: sopa cremosa de tomate
A Pinch of Yum/Divulgação/BBC
De fato, ela escreveu no blog que havia perdido o gosto pela comida e que só tinha espaço no estômago para sentir dor. "A comida começou a me dar nojo. O que geralmente me gerava paixão começou a me entediar", diz ela.
"Sempre gostei de experimentar todos os tipos de sabores, cores e texturas, mas, naquele momento, tudo que eu queria era um prato de sopa de tomate ou um pão com manteiga."
Mesmo que ela não quisesse provar algo diferente, estava realmente agradecida pela comida e pelos pratos simples que seus amigos e familiares lhe levaram durante aqueles dias.
"Essa foi uma maneira de nos salvar. Era como 'vamos encarar a vida, e comer esses pratos, um dia de cada vez'. Fazer isso nos trouxe algum alívio, nos colocou diante da realidade: você está vivo e você tem que continuar vivendo", conta.
Ostrom percebeu o quão importante aqueles pratos simples, feitos com amor, poderiam ser. E, então, pediu aos amigos e familiares as receitas que experimentou naqueles dias tristes.
Ela as compartilhou usando a hashtag #feedingabrokenheart (#alimentandoumcoraçãopartido), que ficou famosa no Instagram ao acompanhar as imagens dos pratos que a ajudaram no momento de luto.
O alimento pode se tornar um elemento que ajuda a aliviar a dor da perda de um ente querido
Instagram/Reprodução
Para ajudar
Para a professora Lisa Shulman, da Universidade de Maryland, nos estágios iniciais do luto, uma resposta primária que varia entre a tristeza e a fuga muitas vezes entra em cena — e é por isso que perdemos o controle do apetite.
Shulman estudou como lidar com a dores causadas pela perda de um ente querido em razão de uma experiência pessoal: ela enfrentou muitas dificuldades após a morte de seu marido, Bill.
Por isso, ela escreveu o livro After Loss (Após a Perda, em tradução livre), que fala sobre a dor e sua relação com o cérebro. Seu principal objetivo é tentar entender os efeitos desse processo no corpo e como os alimentos podem facilitar a forma como lidamos com o luto.
"Nesse estado de tristeza, é como se houvesse um lençol entre nós e o exterior, e isso silencia nossas experiências sensoriais. É por isso que é difícil ficar com fome ou querer comer."
"Quando perdemos alguém de maneira traumática, é como se o cérebro agisse como uma espécie de segurança. O que ele faz é bloquear memórias dolorosas e permitir apenas aquelas que são mais fáceis de processar", explica.
Para se recuperar, precisamos abrir gradualmente essas memórias bloqueadas novamente. E a comida pode desempenhar um papel nisso.
"Com a ideia de progredir, podemos usar alimentos para nos ajudar. Me concentrei em refeições significativas e que podem nos trazer essas memórias. Mas falo por experiência própria. Dediquei-me a preparar os alimentos que meu marido gostava de comer nos restaurantes e isso me confortou de alguma forma", diz Shulman.
Cebolas cruas ajudaram Amy a lembrar-se dos melhores momentos com o seu falecido pai
Katie Horwich/BBC
Pais
Quando o pai de Amy morreu, alguns anos atrás, a comida se tornou uma maneira de estar perto dele de alguma forma.
Seu pai era um imigrante romeno no Reino Unido que, além de ser arquiteto, tinha um restaurante famoso por seu pastrami.
E ela encontrou um alimento que trazia à tona todas as suas boas lembranças com o pai: cebola crua. "Ele usava cebola para tudo", diz Amy.
Embora não gostasse do sabor, ela começou a comê-la várias vezes por semana. "Faço isso por ele."
Amy também começou a experimentar o scone (um bolinho de trigo ou aveia tradicional do Reino Unido), pelo qual nunca teve muito apreço, para entender por que seu pai gostava tanto dele. A refeição com scone começou a se tornar um ritual.
A ideia de se reconectar ou buscar alívio com a comida no meio do luto não é nova. Na Roma antiga, era prática comum construir canais para cemitérios, com a ideia de enviar alimentos e bebidas para os mortos no futuro.
Os hindus só comem pratos vegetarianos durante os 12 primeiros dias após a morte do ente querido.
No Japão — um país predominantemente budista —, uma tradição conhecida como "tsuya" é realizada em casa. O ritual envolve uma fotografia da pessoa que morreu, colocada ao lado de uma tigela cheia de arroz com dois palitos posicionados verticalmente no prato.
Já no México, um conjunto de refeições, especialmente as que acompanham o molho toupeira, são uma parte central da novena que é rezada quando uma pessoa morre. (Veja no vídeo abaixo como os mexicanos celebram o Día de los Muertos, com festa e comidas especiais)
Museu do Imigrante celebra o tradicional Día de Los Muertos mexicano
Conexão
Candi Cann, professora de religião da Universidade Baylor, no Texas, observou que já existem velórios com refeições de redes de fast food em sociedades tradicionais como a China.
"(Nesses locais) Era comum comer laranjas, abacaxis, carne assada, mas agora você também vê alimentos ocidentais como batatas fritas, um milk-shake, um Big Mac (hambúrguer do MC Donald's)", diz.
"Às vezes as pessoas comem e, como acontece com as flores, a equipe do cemitério passa e limpa o local."
Pessoas que perdem um ente querido também podem perder o apetite
Getty Images/BBC
Tais práticas são menos comuns no Ocidente, mas no sul dos Estados Unidos a tradição de levar pratos de comida em cerimônias de luto pode estar se tornando uma tendência.
"A função desses pratos é fortalecer a comunhão através da comida", diz Cann. "Ela é compartilhada enquanto as pessoas contam histórias sobre o morto. Esses alimentos são, por exemplo, jambalaya — prato de arroz tradicional em cidades como Nova Orleans —, as chamadas batatas fúnebres ou o bolo de chocolate do Texas".
"A ideia é que as refeições possam ser compartilhadas, gerando esse tipo de reconexão da comunidade local quando a pessoa não estiver mais lá", afirma.
Assim, embora os mortos tenham desaparecido de nossas vidas, sua presença perdura na memória por meio dos alimentos de que mais gostamos.
Para Cann, com muita frequência, a dor do luto é considerada anormal e as pessoas se esforçam para "seguir em frente", em vez de permitir que elas criem seus próprios rituais alimentares que permitam manter um relacionamento com os mortos.

Teste: você sabe cuidar da saúde dos seus rins?

Responda ao teste elaborado com ajuda do médico José de Resende Barros Neto, membro da Sociedade Brasileira de Nefrologia, e calcule seu nível de risco para doenças renais Você sabe cuidar da saúde dos seus rins?

Ano Novo: 5 dicas para conseguir cumprir suas resoluções

Ano Novo: 5 dicas para conseguir cumprir suas resoluções
Apenas 8% das pessoas que estabelecem resoluções de Ano Novo cumprem as metas. A BBC News Brasil reúne dicas para que você possa fazer parte dessa estatística. Apenas 8% das pessoas que estabelecem resoluções de Ano Novo cumprem as metas. A BBC News Brasil reúne dicas para que você possa fazer parte dessa estatística.
Getty Images via BBC
É o começo de 2020 e para muitos de nós o Ano Novo é um momento de estabelecer novas metas e projetos pessoais.
De repente ter uma rotina mais saudável ou economizar mais dinheiro? Quem sabe iniciar um novo hobby ou deixar de lado atividades que não nos acrescentaram muito?
Qualquer que seja a sua resolução de Ano Novo, ela só será concretizada se houver motivação. Mas todos nós sabemos que isso não é fácil de alcançar e muitos planos acabam ficando para trás depois que o novo ano se inicia.
Só 8% das pessoas que estabelecem resoluções de Ano Novo conseguem atingir seus objetivos, segundo um estudo da Universidade de Scranton, na Pensilvânia (EUA).
A BBC News Brasil reúne aqui cinco dicas que você possa fazer parte dessa estatística.
1. Comece com metas pequenas
Estabeleça metas realistas e gradualmente adicione dificuldades e novas etapas
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Estabelecer metas realísticas garante chance maior de sucesso. Parte do problema relacionado ao fracasso das resoluções de Ano Novo é o fato de elas serem utópicas e presumirem que "podemos ser pessoas completamente diferentes a partir do Ano Novo", explica a psicoterapeuta Rachel Weinstein.
O mais indicado é "começar pequeno", para depois adicionar dificuldades à medida que vai cumprindo a meta inicial. Por exemplo: comprar um tênis apropriado e ir iniciar corridas de curta duração antes de se comprometer com a meta de correr uma maratona.
Se você quer começar a cozinhar, pode estabelecer a meta de seguir uma receita nova uma vez por semana ou acompanhar alguém que já cozinha, para aprender as técnicas.
Não se trata de reduzir as expectativas ou pensar pequeno, mas sim criar estratégias para atingir resultados de longo prazo. Afinal de contas, conforme Weinstein, a verdadeira mudança "acontece a passos pequenos ao longo do tempo".
2. Seja específico
Pense exatamente sobre o que você vai fazer, quando e como
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Frequentemente, estabelecemos metas sem uma ideia clara de como executá-las.
Mas é importante planejar os detalhes das resoluções. Segundo o professor de filosofia Neil Levy, da Universidade de Oxford, planejar ir à academia às terças de tarde sábados de manha é uma meta mais propensa a dar certo que simplesmente dizer: "vou mais à academia".
Ações específicas e factíveis garantem que você não estabeleça apenas um conjunto de intenções, mas sim também os passos necessários para concretizá-las.
3. Busque uma rede de apoio
Tornar as suas resoluções de Ano Novo públicas ajuda a te manter motivado
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Encontrar outras pessoas dispostas a entrar nessa jornada com você pode ser uma ótima fonte de motivação. Isso pode significar ir a uma aula com um amigo ou tornar a sua resolução pública.
Quando divulgamos nossos projetos, as chances de seguirmos adiante com eles são maiores. John Michael, da Universidade de Warwick, no Reino Unido, pesquisa os fatores sociais envolvidos na tomada de decisões e na manutenção de compromissos.
Ele diz que somos mais propensos a seguir adiante com resoluções se elas parecerem de alguma forma importantes para outras pessoas ou se o bem-estar de outros for afetado em caso de fracasso.
Portanto, seja cumprindo um compromisso ou obtendo companhia e apoio, envolver outras pessoas pode ser a chave do sucesso para atingir a sua meta de Ano Novo.
4. Superando fracassos
Faça modificações simples no seu dia a dia para alcançar as metas
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Quando a resolução se mostrar difícil de ser alcançada, reserve um momento para reavaliar a meta.
Que obstáculos você está enfrentando? Que estratégias foram mais efetivas até agora? Quais foram as menos eficazes?
Tente ser mais realista e celebrar até as menores conquistas. Se você quiser manter a mesma resolução, por que não tentar uma abordagem diferente que possa reforçar sua motivação?
Mudanças simples no dia a dia podem te ajudar a caminhar para a direção certa. Se você tem tentado comer de maneira mais saudável, por exemplo, pode começar por trocar massa branca e pão por obções com grãos integrais.
Ou pode cortar gordura saturada ao trocar lanches como bolos e batatas chips por smoothies, vegetais e frutas.
5. Alinhe suas resoluções com planos de longo prazo
Força de vontade sozinha não resolve. Segundo especialistas, é preciso ser realista e estabelecer etapas concretas para alcançar as resoluções de Ano Novo
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As melhores resoluções são aquelas que te ajudam a alcançar uma parcela de um plano de longo prazo em vez de serem metas vagas e abstratas, diz a psicóloga behaviorista Anne Swinbourne.
Se você nunca se interessou por esporte, a meta de se tornar um grande atleta dificilmente vai colar. As pessoas que só se apegam à força de vontade geralmente falham", diz.
Portanto, ao escolher uma resolução que te motive, estabeleça planos concretos para alcançá-la a partir do primeiro dia do ano. E não exite em pedir ajuda para superar os obstáculos que surgirem no caminho.