Enem 2025: candidatos caem em golpe de site falso de inscrição e perdem R$ 85

Inep afirma que páginas de golpistas estão sendo identificadas e tiradas do ar. Estudantes caem em golpe da falsa inscrição do Enem
Assim como em 2024, sites falsos de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) enganam candidatos e cobram deles indevidamente uma taxa de R$ 85. São páginas que, para iludir os alunos, chegam até a enviar e-mails de confirmação após o pagamento.
Em São Paulo, Mônica Nascimento foi uma das vítimas: ansiosa para participar da avaliação, ela encontrou um suposto site de inscrição do Enem 2025, preencheu seus dados pessoais e pediu ajuda da avó para pagar os R$ 85.
“Achei bem realista, porque pegaram os dados e só falaram que precisava da taxa. Aí, fui e paguei. Foi só ladeira abaixo", diz a jovem.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que administra a prova, a Polícia Federal está sendo acionada a cada site identificado, para que ele seja tirado do ar. Em 2024, 20 páginas foram removidas por causa do mesmo golpe.
"Para fazer a inscrição, precisa logar na conta gov.br, no site oficial do Inep", afirma Ricardo Cardozo, diretor de gestão e de planejamento do Inep.
E atenção: as inscrições (verdadeiras) do Enem só serão abertas em 26 de maio, próxima segunda-feira, e irão até 6 de junho, em https://enem.inep.gov.br/participante/#!/.
'Caí no golpe. E agora?'
Caso você tenha sido vítima de algum site falso de inscrição do Enem, deve registrar um boletim de ocorrência para tentar reaver o dinheiro. A denúncia também ajudará a Polícia Federal a identificar os golpistas.
Além da perda dos R$ 85, há outro risco envolvido: o candidato pode realmente acreditar que está inscrito na prova e só descobrir em novembro que não poderá participar dela.
Quando as provas serão aplicadas?
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será publicado nos próximos dias. Ele já adiantou que:
as inscrições ficarão abertas de 26 de maio a 6 de junho;
as provas serão aplicadas em 9 e 16 de novembro.
➡️Clique aqui para ler REDAÇÕES NOTA MIL do Enem 2024.
Redação do Enem ou 'cover' de Machado de Assis?
Disciplinas e horários
Como nos últimos anos, o Enem será aplicado em dois domingos. Se não houver, no edital, nenhuma alteração no formato da prova, a distribuição de disciplinas será a seguinte:
9 de novembro
O candidato deverá fazer:
45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol);
45 questões de ciências humanas;
redação.
16 de novembro
A prova trará:
45 questões de matemática;
45 questões de ciências da natureza.
Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília), seguidos nos últimos anos:
Abertura dos portões: 12h
Fechamento dos portões: 13h
Início das provas: 13h30
Término das provas no 1º dia: 19h
Término das provas no 2º dia: 18h30
Números 1 no Enem, uma década depois
Para que serve o Enem?
As notas do Enem podem garantir vaga em instituições de ensino superior públicas ou privadas, tanto no Brasil quanto no exterior. Confira as formas de acesso:
Sisu: O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) seleciona estudantes para vagas em instituições públicas, com base na nota do Enem.
Prouni: O Programa Universidade para Todos (Prouni) é uma iniciativa do Ministério da Educação que oferece bolsas integrais e parciais em faculdades particulares. A aprovação também depende do resultado do Enem.
Fies: O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do governo federal que "empresta" dinheiro para os estudantes pagarem as mensalidades no ensino privado, com a contrapartida de os beneficiários quitarem o financiamento após a formatura. O crédito pode cobrir total ou parcialmente a mensalidade do curso. Para se inscrever, é preciso ter feito o Enem.
Instituições privadas: Algumas faculdades também oferecem vagas ou descontos nas mensalidades a partir da nota do Enem. Geralmente, o candidato não precisa prestar outro vestibular.
Universidades no exterior: O Ministério da Educação possui acordo com algumas instituições em países como Portugal, Inglaterra, França, Irlanda e Canadá, que aceitam o Enem no processo seletivo. Em alguns casos, a instituição pode exigir que o interessado passe pelo processo seletivo local. É preciso pesquisar diretamente no site das universidades.

EAD: Saiba em quais cursos ensino a distância está proibido

Secretária do MEC tira dúvidas sobre regras do EAD
Mesmo nos casos em que a EAD for aceita, nenhum curso poderá ser 100% remoto. Saiba o que muda com a Nova Política de Educação à Distância. MEC proíbe educação à distância (EAD) em Direito e em outras 4 graduações
O governo federal publicou na terça-feira (20) o decreto com as novas regras para a educação à distância em cursos de graduação (EAD).
Com o decreto, os cursos Direito, Medicina, Enfermagem, Odontologia e Psicologia só poderão ser ofertados no formato presencial.
As mudanças valem imediatamente?
Não. A aplicação será gradual. As instituições de ensino terão até dois anos após a publicação do decreto para se adaptar. Estudantes já matriculados em cursos que deixarão de ser oferecidos à distância poderão concluí-los no mesmo formato acordado no início do curso.
Governo estipula regras para EAD
Divulgação
Além disso, cursos das áreas de saúde e licenciatura não poderão ser ofertados no formato EAD. Eles só poderão ser presenciais ou semipresenciais (uma novidade definida pelo decreto; entenda mais abaixo).
Abaixo, veja 10 pontos para entender o decreto:
1. Outras graduações ainda podem ser limitadas
Com a definição dos cinco cursos que serão obrigatoriamente presenciais, internautas levantaram um debate sobre a não-limitação de cursos de Engenharia e Medicina Veterinária.
O decreto não cita ou delimita outros cursos nominalmente, mas um inciso do Artigo 9º diz que o Ministério da Educação (MEC) ainda pode definir, por meio de normativas, outros cursos que serão exclusivamente presenciais ou semipresenciais.
2. EAD, semipresencial e presencial
Além do EAD e do presencial, o decreto estabelece o semipresencial como uma terceira modalidade. Mesmo nos cursos em que a EAD for aceita, nenhum curso poderá ser 100% remoto.
As modalidades têm as seguintes características:
Educação à distância: cursos com oferta preponderante de carga horária à distância, com limite mínimo de 10% atividades presenciais e 10% em atividades síncronas mediadas, com provas presenciais.
Semipresencial: cursos com, pelo menos, 30% da carga horária em atividades presenciais físicas (estágio, extensão, práticas laboratoriais) e, pelo menos, 20% em atividades presenciais ou síncronas mediadas.
Presencial: cursos de graduação com, no mínimo, 70% de carga horária total em atividades presenciais. A carga horária restante, correspondente a 30%, pode ser ofertada no formato EAD.
3. Medicina é exceção: ainda 'mais' presencial
O decreto prevê que o MEC publique uma resolução específica para o curso de Medicina, estabelecendo uma carga horária de atividade presencial superior a 70%.
Ou seja, mesmo que os demais cursos presenciais possam ter até 30% de carga horária em EAD, Medicina terá uma carga menor na modalidade.
4. Atividades à distância, presencial, síncrona, mediada…
O decreto apresenta quatro tipos de atividades que podem compor as modalidades de ensino, dentro de seus limites pré-estabelecidos. São elas:
Atividade presencial: realizada com a participação do estudante e do docente ou de outro responsável pela atividade formativa em lugar e tempo coincidentes.
Atividade síncrona: atividade de educação à distância realizada com recursos de áudio e vídeo, na qual o estudante e o docente ou outro responsável pela atividade formativa estejam em lugares diversos e tempo coincidente.
Atividade síncrona mediada: atividade síncrona realizada com participação de grupo de, no máximo, setenta estudantes por docente ou mediador pedagógico e controle de frequência dos estudantes.
Atividade assíncrona: atividade de educação à distância na qual o estudante e o docente ou outro responsável pela atividade formativa estejam em lugares e tempos diversos.
5. Requisitos exigidos por modalidade
As universidades que quiserem oferecer cursos semipresenciais e à distância precisarão cumprir com alguns requisitos. Elas deverão, por exemplo, dispor de infraestrutura física, tecnológica e de pessoal, tanto na sede quanto nos polos EAD, que garantam a viabilidade e a qualidade de ensino.
Além disso, independentemente da modalidade dos cursos, todas as instituições de ensino deverão possuir uma sede com:
recepção;
secretaria acadêmica;
salas de professores e de coordenadores;
espaço para a realização das atividades;
laboratórios e outros espaços formativos compatíveis com as atividades práticas presenciais dos cursos ofertados;
salas ou ambientes para estudos individuais e coletivos, com disponibilização de acervo bibliográfico físico ou virtual;
equipamentos e dispositivos de acesso à internet e conexão de internet estável e de alta velocidade, compatível com o número de usuários.
MEC proíbe educação a distância (EAD) em Direito e em outras 4 graduações; veja quais
6. Infraestrutura de polos EAD
Os cursos semipresenciais e EAD que utilizarem uma unidade descentralizada fora da sede da instituição para suas atividades presenciais também devem garantir uma infraestrutura mínima desses espaços.
Além de espaço e tecnologia adequados aos cursos ofertados, os polos EAD também devem ter sala de coordenação, ambientes para estudos, laboratórios, quando aplicável, e acesso à internet.
Além disso, duas instituições não poderão compartilhar o mesmo polo.
7. Corpo docente
As instituições que oferecerem cursos semipresenciais ou EAD precisam ter um corpo docente composto por:
coordenador de curso;
professor regente; e
professor conteudista.
Definições sobre as atribuições e a formação acadêmica dos profissionais ainda devem ser definidas pelo MEC.
8. Avaliações presenciais no EAD
Dentre as delimitações dos cursos EAD, está a obrigatoriedade de avaliações presenciais. Essas atividades deverão constar no calendário acadêmico do curso e serão realizadas com a presença física do estudante e do professor (ou outro responsável pela atividade formativa), no mesmo tempo e espaço, na sede ou no polo da instituição.
9. Implementação gradual e tempo de adequação
As mudanças não devem ser implementadas imediatamente, mas de maneira gradual. As instituições de ensino terão até dois anos a partir da publicação do decreto para se adaptar.
10. Conclusão garantida para alunos matriculados
Os estudantes que já estão matriculados em cursos que deixarão de ser oferecidos à distância poderão concluí-los no mesmo formato acordado no início do curso.
As instituições deverão garantir continuidade da oferta do curso no formato EAD até a conclusão das turmas.
LEIA TAMBÉM: Fim da EAD em Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia: o que acontece com quem já está estudando a distância?
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Número de professores formados em EAD na rede privada dobra em 10 anos

Como fica a situação de quem já começou uma graduação EAD? Pós-graduação será afetada? MEC tira dúvidas sobre o decreto

Secretária do MEC tira dúvidas sobre regras do EAD
Secretaria do MEC respondeu ao vivo as principais dúvidas de leitoras do g1 sobre as novas regras para a educação à distância em cursos de graduação. Governo estipula regras para EAD
Divulgação
O governo federal publicou, na terça-feira (20), o decreto com as novas regras para a educação à distância em cursos de graduação (EAD). Entre as principais mudanças, o texto determina que cinco cursos só poderão ser ofertados no formato presencial: Direito, Medicina, Enfermagem, Odontologia e Psicologia.
Em entrevista ao g1, a Secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Marta Abramo respondeu às principais dúvidas sobre o assunto.
Veja abaixo as principais perguntas sobre o tema.
Por que os cursos de Direito não poderão ser à distância?
Como ficam os cursos online em tempo real?
Os cursos de pós-graduação à distância serão afetados?
Antes do decreto, havia cursos de Medicina à distância?
Como fica a situação de quem já começou uma graduação EAD de um dos cursos incluídos no decreto?
Como vai funcionar a modalidade semipresencial?
Como vai funcionar o período de transição para os cursos EAD?
1. Por que os cursos de Direito não poderão ser à distância?
Tira-dúvidas EAD: MEC explica por que cursos de Direito não poderão ser à distância
2. Como ficam os cursos online em tempo real?
Tira-dúvidas EAD: MEC explica como ficam os cursos online em tempo real
3. Os cursos de pós-graduação à distância serão afetados?
Tira-dúvidas EAD: Cursos de pós-graduação à distância não terão mudanças, diz MEC
4. Antes do decreto, havia cursos de Medicina à distância?
Tira-dúvidas EAD: MEC diz que cursos de Medicina à distância não eram autorizados
5. Como fica a situação de quem já começou uma graduação EAD de um dos cursos incluídos no decreto?
Tira-dúvidas EAD: Quem começou curso EAD poderá finalizá-lo no mesmo modelo
6. Como vai funcionar a modalidade semipresencial?
Tira-dúvidas EAD: Entenda como vai funcionar o curso semipresencial
7. Como vai funcionar o período de transição para os cursos EAD?
Tira-dúvidas EAD: Portaria vai definir como será período de transição para cursos EAD

Secretária do MEC vai tirar dúvidas sobre regras do EAD

Secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Marta Abramo, participa de live no g1 para esclarecer dúvidas dos leitores sobre as novas regras da Nova Política de Educação à Distância. Secretária do MEC vai tirar dúvidas sobre regras do EAD Secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Marta Abramo, participa de live no g1 para esclarecer dúvidas dos leitores sobre as novas regras da Nova Política de Educação à Distância. Portaria sobre EAD: MEC exige carga maior de aulas presenciais em Engenharia, Veterinária e Saúde. MEC proíbe educação à distância (EAD) em Direito e em outras 4 graduações. Presencial, semipresencial ou EaD? Entenda as modalidades de graduação

Secretária do MEC tira dúvidas sobre regras do EAD

Secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Marta Abramo, participa de live no g1 para esclarecer dúvidas dos leitores sobre as novas regras da Nova Política de Educação à Distância. Secretária do MEC tira dúvidas sobre regras do EAD Secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Marta Abramo, participa de live no g1 para esclarecer dúvidas dos leitores sobre as novas regras da Nova Política de Educação à Distância. Portaria sobre EAD: MEC exige carga maior de aulas presenciais em Engenharia, Veterinária e Saúde. MEC proíbe educação à distância (EAD) em Direito e em outras 4 graduações. Presencial, semipresencial ou EaD? Entenda as modalidades de graduação