O clima de apreensão dos alunos brasileiros de Harvard: ‘Vou conseguir entrar nos EUA?’

Enem 2025: candidatos caem em golpe de site falso de inscrição e perdem R$ 85
Governo Trump anunciou nesta quinta-feira (22/05) que revogou o direito de Harvard de matricular estudantes estrangeiros, dando 72 horas e uma lista de exigências para que a universidade pudesse ter a "oportunidade" de recuperar a permissão. 'Que isso sirva de aviso a todas as universidades e instituições acadêmicas do país', escreveu secretária ao anunciar medida
Reuters
Brasileiros que se preparam para embarcar para os Estados Unidos para começar o ano letivo em Harvard nos próximos meses receberam com medo e preocupação a notícia de que a gestão de Donald Trump decidiu proibir a universidade de matricular alunos estrangeiros.
"Esse era o pessoal que mais estava mobilizando o WhatsApp: 'Eu vou conseguir entrar nos EUA?'", conta Marcelo*, que está no fim do segundo ano de um dos programas profissionais de Harvard, a poucos dias de se formar.
"Tinha gente que já tinha alugado casa", ele completa.
Estudantes brasileiros em universidades americanas costumam se reunir em grupos na plataforma para trocar experiências, se ajudar e pedir informações. Alguns contam com centenas de membros, entre veteranos, calouros e ex-alunos.
"A gente estava tentando acalmá-los", diz Mariana*, que acabou de concluir o primeiro ano de mestrado na universidade e relata experiência parecida em sua rede de contatos.
Em outro grupo do qual ela faz parte, com os alunos de seu curso, uma estudante colombiana que havia viajado para participar de um projeto mandou uma mensagem desesperada de dentro do avião: "Vou ser detida quando chegar?"
Nesta quinta-feira (22/05), o governo federal revogou a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio da Universidade de Harvard sob a justificativa de que ela havia falhado "em cumprir a lei".
"Que isso sirva de aviso a todas as universidades e instituições acadêmicas do país", escreveu a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, no X.
Nos EUA, Trump proíbe Harvard de matricular estrangeiros
Desde o início do mandato, Trump tem pressionado as universidades americanas a se alinharem à sua agenda política, usando medidas como o corte de verbas para pesquisa científica como retaliação às que, na visão do governo, não têm colaborado.
Em documento divulgado nesta quinta-feira, Noem afirmou que Harvard teria de cumprir uma série de exigências para ter a "oportunidade" de voltar a matricular estudantes estrangeiros.
Na lista constam, por exemplo, a permissão para acesso a registros disciplinares de estudantes americanos matriculados nos últimos cinco anos na instituição e a entrega de registros, vídeos e áudios de atividades consideradas "ilegais" e "perigosas ou violentas" no campus, incluindo aquelas com a participação de estudantes americanos.
A notificação deu a Harvard 72 horas para atender à solicitação.
"Vamos esperar essas 72 horas e não entrar em pânico", diziam no grupo de brasileiros de Harvard no WhastApp, segundo Marcelo, os que tentavam contemporizar.
Alguns argumentavam a possibilidade de a medida ser um "blefe", um instrumento para pressionar a universidade a obedecer suas demandas.
Outros ressaltaram a possibilidade de a determinação ser derrubada na Justiça — Harvard classificou a decisão da gestão Trump como "ilegal".
Marcelo é mais pessimista. "O governo federal está ignorando medidas judiciais a rodo desde janeiro. Então eu, particularmente, não estou tão otimista assim de que isso vai ser revertido."
Como o governo Trump havia ameaçado em abril revogar a permissão de Harvard para matricular estudantes estrangeiros, diversas escolas dentro da universidade vinham se reunindo com os alunos para traçar possíveis planos de contingência — por exemplo, ele conta, para que alguns pudessem concluir as aulas de forma remota.
Governo Trump proíbe alunos estrangeiros em Harvard, principal universidade americana
Jornal Nacional/ Reprodução
Sem revogação da medida, Marcelo teria que deixar os EUA em 30 dias. Ele está de viagem marcada para o Brasil e afirma que, "se o pior acontecer" e realmente seu visto de estudante for revogado, pode usar o visto de turista para voltar e pegar suas coisas.
O estudante diz que conseguiria receber o diploma de forma remota, mas perderia a possibilidade de tirar o visto de trabalho a que estudantes universitários têm direito logo que se formam, conhecido como Optional Practical Training (OPT). No caso dele, a permissão para trabalhar no país seria de três anos.
"Quando começou esse impacto das políticas do Trump, pensei: 'Olha, esse é um lugar instável pra eu ficar'. Já estava pensando em procurar emprego fora dos Estados Unidos, mesmo com o advento do OPT. Então planejei um pouco mais em relação a isso", afirma.
Muitos brasileiros, contudo, contam com o visto de trabalho para juntar dinheiro para pagar a dívida que contraíram para estudar em Harvard, montantes que podem chegar a dezenas de milhares de dólares.
"Tinha gente já com oferta de emprego", relata Mariana.
Ela também já estava com viagem marcada para o Brasil e diz que vai esperar as 72 horas para pensar nos próximos passos.
*Os nomes foram alterados para preservar o anonimato dos entrevistados.

Influenciadora mostra assadeira com misto explodindo na cozinha; entenda o que causou acidente

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Princípios da física, como choque térmico e resistência dos materiais, explicam por que vidro foi partido em tantos pedaços. Explosão de assadeira com misto viraliza nas redes; entenda causa do acidente
Diante das imagens tragicômicas de uma travessa de vidro com um misto quente explodindo na cozinha, seguidores da influenciadora Isabela Braga especularam sobre o status do relacionamento dela e do marido. "Devem ser recém-casados fazendo uma receita pela primeira vez”, afirmaram nos comentários do Instagram.
➡️Calma, esta não é uma matéria de fofoca, e sim uma aula de física (mas fica aqui o aviso de que eles estão juntos há 4 anos).
Com bom humor e tirando sarro do próprio desastre culinário, Isabela compartilhou um vídeo que vai além de revelar certa inexperiência de seu marido na cozinha: é um exemplo concreto do fenômeno chamado "choque térmico".
Ela retira o misto do forno e apoia a assadeira na pia, sem nenhuma proteção.
Assim que o recipiente entra em contato com a superfície gelada, explode de maneira impressionante.
“Estávamos tão empolgados com o lanche (primeira vez que tínhamos feito) que nem nos lembramos desse detalhe de não apoiar o prato quente na pia gelada. E o resultado foi aquele do vídeo”, conta Isabela, rindo, ao g1.
No caso mostrado nas imagens, foi possível fazer piada e brincar com a explosão (da assadeira, não de sabores). Mas o mesmo erro pode levar a acidentes domésticos graves — por isso, abaixo, entenda como a ciência explica o episódio e saiba como escapar de qualquer risco semelhante.
🔥 1. Diferença brusca de temperatura (choque térmico)
Quando a assadeira sai do forno, ela está muito quente (entre 180 °C e 250 °C).
A pia (ou a água na pia) está bem mais fria — abaixo de 20 °C, dependendo do caso.
Esse contraste súbito de temperaturas gera o tal "choque térmico", principal vilão do jantar de Isabela.
🧱 2. Dilatação e contração
Materiais como vidro e cerâmica expandem-se quando aquecidos e contraem-se ao esfriar.
A parte externa da assadeira, quando apoiada na pia gelada, esfria e "encolhe" rapidamente, enquanto o restante do recipiente, no lado de dentro, ainda está quente e "expandido".
Isso gera uma diferença de tamanho entre as regiões da assadeira.
💥 3. Tensões internas
A dilatação e a contração desiguais criam tensões internas no vidro.
Se o material não for capaz de suportar essa tensão (ou se já tiver alguma microfissura interna), ele pode trincar ou até explodir.
O vidro comum e a cerâmica de baixa qualidade são ainda mais frágeis ao choque térmico.
"O vidro de um carro em um dia de neve vai estar muito frio. Se jogarmos água fervendo nele, ele vai expandir, trincar ou quebrar", explica Bruna Barroso Gomes, professora do Cursinho da Poli.
🛑 4. Resultado: explosão
Assadeira com misto explode em cozinha de influenciadora
Reprodução/Redes sociais
Quando a tensão ultrapassa o pode ser suportado pelo material, ocorre uma fratura catastrófica: a assadeira "explode", lançando pedaços de vidro ou de cerâmica com força.
Como evitar esse tipo de acidente?
Coloque a assadeira quente sobre um pano seco, uma grade metálica (do próprio fogão) ou uma tábua de madeira, que são isolantes térmicos.
Nunca apoie um recipiente muito quente sobre superfícies molhadas ou frias.
"Vidros tratados termicamente também ficam menos frágeis a mudanças de temperatura", diz a professora.

Medicina EAD? Entenda o era permitido e o que muda para o curso com a nova regulamentação da educação à distância

Enem 2025: candidatos caem em golpe de site falso de inscrição e perdem R$ 85
Documento publicado no Diário Oficial da União na terça-feira (20) estabeleceu novas regras para cursos presenciais, semipresenciais e EAD. MEC proíbe educação à distância (EAD) em Direito e em outras 4 graduações
Apesar de o documento do governo federal que regulamenta a oferta de graduações EAD estabelecer que cursos de Medicina só podem ser presenciais, isso não necessariamente representa uma mudança para o curso.
A portaria 2.117 de 2019 que permitia que cursos presenciais tivessem até 40% de carga horária em EAD deixava claro que a mesma flexibilidade não se aplicava aos cursos de Medicina.
Henrique Silveira, sócio de Educação do escritório de advocacia Mattos Filho, reforça essa ideia.
“A legislação não permitia cursos de medicina EAD ou com qualquer carga horária no EAD, então nada mudou com relação a isso”, explica.
A exceção a essa norma ocorreu no período de pandemia, quando o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, assinou uma portaria que permitia que as atividades presenciais fossem, excepcionalmente naquele período, substituídas por atividades remotas.
Entenda as novas regras para cursos EAD, presenciais e semipresenciais.
Divulgação
Atividades EAD em Medicina
Fora do período de pandemia, as associações que representam as instituições de ensino superior garantem os cursos de Medicina eram ofertados apenas no formato presencial.
Apesar disso, o coordenador de uma universidade particular com atuação em diversos estados do Brasil comentou, sob condição de anonimato, que a universidade em que trabalha utilizava, até o final de 2024, materiais pré-gravados e atividades online para complementar a carga horária de disciplinas teóricas de turmas de Medicina até o quarto semestre.
Ele diz que uma parte era composta por aulas e atividades on-line, embora outras atividades complementares fossem apoiadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Medicina, que diz que o projeto pedagógico do curso deve possibilitar o:
“aproveitamento de conhecimentos, adquiridos pelo estudante, mediante estudos e práticas independentes, presenciais ou a distância, como monitorias, estágios, programas de iniciação científica, programas de extensão, estudos complementares e cursos realizados em áreas afins.”
Mohamad Abou Wadi, fundador do Grupo Kefraya e responsável por instituições como UniAvan, PIB Education e LifeUnic, reforça que "antes mesmo do novo marco regulatório, já existiam cursos de Medicina que não eram totalmente presenciais".
Segundo ele, apesar de suas instituições "sempre funcionaram de forma totalmente presencial ou semipresencial", outras faculdades funcionavam de maneiras diferentes, pois "cada instituição tem sua própria metodologia."
Em entrevista ao g1, a Secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Marta Abramo, explicou que, até a publicação da regulamentação do EAD, "nem Medicina, nem Odontologia, nem Psicologia, nem Direito nunca tiveram um curso autorizado pelo MEC no formato à distância".
Tira-dúvidas EAD: MEC diz que cursos de Medicina à distância não eram autorizados
Mudanças gerais e novas regras
A Nova Política de Educação à Distância determinou que graduações de Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia deverão ser ofertadas exclusivamente no formato presencial. As demais opções das áreas de saúde e de licenciaturas (formação de professores) poderão ser presenciais ou semipresenciais.
Além disso:
✏️️ Nenhum curso poderá ser 100% à distância. O formato EAD passa a exigir que, no mínimo, 20% da carga horária seja cumprida:
presencialmente — na sede da instituição ou em algum campus externo, com todos os participantes (professores e alunos) fisicamente presentes—;
ou por atividades síncronas mediadas (como aulas on-line ao vivo, por exemplo).
As provas devem ser presenciais.
✏️ O decreto cria uma nova modalidade: a semipresencial. Entram na categoria os cursos que tiverem obrigatoriamente, além da parte on-line, atividades presenciais físicas, como estágio, extensão ou práticas laboratoriais.
✏️ Os polos de EAD, que são espaços oferecidos pelas universidades fora do campus principal, precisarão seguir determinados critérios técnicos, com uma estrutura mínima oferecida aos estudantes (em termos de tecnologia e de disponibilidade de laboratórios, por exemplo).
LEIA TAMBÉM: EAD vai ser permitida no seu curso? E o semipresencial? GUIA traz status de cada graduação após mudanças do MEC
Secretária do MEC tira dúvidas sobre regras do EAD

EAD vai ser permitida no seu curso? E o semipresencial? GUIA traz status de cada graduação após mudanças do MEC

Secretária da pasta respondeu ao vivo as principais dúvidas de leitores do g1 sobre as novas regras das graduações. Secretária do MEC tira dúvidas sobre regras do EAD
O governo federal publicou, na terça-feira (20), um decreto com as novas regras para a educação à distância (EAD) na graduação. Nesta reportagem, consulte um guia com as normas de cada carreira.
Entre as principais mudanças, o texto determina que cinco cursos só poderão ser ofertados no formato presencial:
Medicina;
Enfermagem;
Odontologia;
Direito;
Psicologia.
Em entrevista ao g1, a Secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Marta Abramo, explicou que, desses cinco, o único que atualmente tem cursos funcionando por EAD é Enfermagem.
As instituições de ensino que oferecem essa graduação à distância terão 2 anos para transformá-la em presencial. Segundo Abramo, uma nova portaria será publicada nos próximos dias com as normas para período de transição — o texto deve esclarecer, por exemplo, se as faculdades ainda poderão abrir vagas EAD até 2027.
🩺Se você estiver no meio do curso, não se preocupe: o MEC garante que as instituições continuarão ofertando as aulas de enfermagem à distância, até que todos os estudantes atualmente matriculados consigam se formar.
E os outros quatro cursos?
💊Medicina: curso deverá ser 100% presencial, sem qualquer carga horária remota.
📝Odontologia, Psicologia e Direito: por determinação do MEC, eles não poderão ser ofertados nem pelo regime de EAD, nem pelo semipresencial. Diferentemente de Medicina, que é exceção, os três se encaixam na regra geral do formato presencial: podem apresentar, no máximo, 30% da carga horária com atividades remotas.
Engenharia, Farmácia, Veterinária… EAD será permitida?
Após a divulgação da Nova Política de Educação à Distância, na segunda-feira (19), o governo federal publicou uma portaria com regras específicas para os cursos das seguintes áreas:
Saúde e Bem-Estar (como Biomedicina, Biologia, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Saúde Coletiva, Serviço Social e Terapia Ocupacional);
Engenharia, Produção e Construção;
Agricultura, Silvicultura, Pesca e Veterinária.
As instituições de ensino não podem oferecer essas graduações por EAD. Mas será permitido, além do ensino presencial, um novo formato criado pelo MEC: o semipresencial. Nesse caso, ele deverá incluir:
o mínimo de 40% da carga horária em atividades presenciais (em outros cursos, o patamar exigido é menor, de 30%);
ao menos 20% em atividades também presenciais ou síncronas mediadas (aulas remotas e on-line, com participação ao vivo do professor).
Administração, Publicidade, Arquitetura…. Quais as regras?
Os demais cursos credenciados pelo MEC podem ser ofertados em qualquer uma das modalidades abaixo, seguindo as normas explicadas a seguir:
Presencial: máximo de 30% de atividades remotas.
Semipresencial: no mínimo, 30% da carga horária total do curso por meio de atividades presenciais + 20% também de atividades presenciais OU de síncronas mediadas.
EAD: Ao menos 10% da carga horária total do curso por meio de atividades presenciais + 10% também de atividades presenciais OU de síncronas mediadas. Nenhum poderá ser 100% remoto.
Entram nesse grupo opções como: Artes Visuais, Ciências Sociais, Antropologia, Filosofia, Geografia, História, Jornalismo, Letras, Marketing, Pedagogia, Publicidade e Propaganda, Políticas Públicas, Relações Públicas, Recursos Humanos, Sociologia, Arqueologia, Ciência Política, Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis, Turismo, Arquitetura e Urbanismo, Design/Desenho Industrial, Comunicação, Economia e Teologia.
Observação: Atividades presenciais não necessariamente precisam ser aulas. O MEC aceita também estágios práticos e lições em laboratórios, por exemplo.
E as licenciaturas?
Segundo Marta Abramo, os cursos de formação de professores não poderão ser oferecidos à distância, e sim apenas nos formatos presencial ou semipresencial.
Além disso, pelo menos 880 horas (55% de um total de 1.600 horas) precisão ser preenchidas por atividades presenciais, quando o aluno e o professor ocupam o mesmo espaço, ao mesmo tempo (em sala de aula, em laboratório ou em estágio presencial).
Essa determinação consta nas diretrizes curriculares aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e homologadas pelo MEC em 2024. Elas devem se sobrepor ao decreto publicado nesta semana, que permitiria 30% de atividades presenciais e 20% de síncronas mediadas.
"O que prevalece é sempre a diretriz curricular, desde que ela não proponha nada inferior [em termos de horas presenciais] ao que está nas portarias e no decreto", afirma Abramo.
Veja abaixo outras dúvidas esclarecidas por Marta Abramo, secretária do MEC:
Por que os cursos de Direito não poderão ser à distância?
Como ficam os cursos online em tempo real?
Os cursos de pós-graduação à distância serão afetados?
Antes do decreto, havia cursos de Medicina à distância?
Como fica a situação de quem já começou uma graduação EAD de um dos cursos incluídos no decreto?
Como vai funcionar a modalidade semipresencial?
Como vai funcionar o período de transição para os cursos EAD?
1. Por que os cursos de Direito não poderão ser à distância?
Tira-dúvidas EAD: MEC explica por que cursos de Direito não poderão ser à distância
2. Como ficam os cursos online em tempo real?
Tira-dúvidas EAD: MEC explica como ficam os cursos online em tempo real
3. Os cursos de pós-graduação à distância serão afetados?
Tira-dúvidas EAD: Cursos de pós-graduação à distância não terão mudanças, diz MEC
4. Antes do decreto, havia cursos de Medicina à distância?
Tira-dúvidas EAD: MEC diz que cursos de Medicina à distância não eram autorizados
5. Como fica a situação de quem já começou uma graduação EAD de um dos cursos incluídos no decreto?
Tira-dúvidas EAD: Quem começou curso EAD poderá finalizá-lo no mesmo modelo
6. Como vai funcionar a modalidade semipresencial?
Tira-dúvidas EAD: Entenda como vai funcionar o curso semipresencial
7. Como vai funcionar o período de transição para os cursos EAD?
Tira-dúvidas EAD: Portaria vai definir como será período de transição para cursos EAD

Enem 2025: candidatos caem em golpe de site falso de inscrição e perdem R$ 85

Inep afirma que páginas de golpistas estão sendo identificadas e tiradas do ar. Estudantes caem em golpe da falsa inscrição do Enem
Assim como em 2024, sites falsos de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) enganam candidatos e cobram deles indevidamente uma taxa de R$ 85. São páginas que, para iludir os alunos, chegam até a enviar e-mails de confirmação após o pagamento.
Em São Paulo, Mônica Nascimento foi uma das vítimas: ansiosa para participar da avaliação, ela encontrou um suposto site de inscrição do Enem 2025, preencheu seus dados pessoais e pediu ajuda da avó para pagar os R$ 85.
“Achei bem realista, porque pegaram os dados e só falaram que precisava da taxa. Aí, fui e paguei. Foi só ladeira abaixo", diz a jovem.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que administra a prova, a Polícia Federal está sendo acionada a cada site identificado, para que ele seja tirado do ar. Em 2024, 20 páginas foram removidas por causa do mesmo golpe.
"Para fazer a inscrição, precisa logar na conta gov.br, no site oficial do Inep", afirma Ricardo Cardozo, diretor de gestão e de planejamento do Inep.
E atenção: as inscrições (verdadeiras) do Enem só serão abertas em 26 de maio, próxima segunda-feira, e irão até 6 de junho, em https://enem.inep.gov.br/participante/#!/.
'Caí no golpe. E agora?'
Caso você tenha sido vítima de algum site falso de inscrição do Enem, deve registrar um boletim de ocorrência para tentar reaver o dinheiro. A denúncia também ajudará a Polícia Federal a identificar os golpistas.
Além da perda dos R$ 85, há outro risco envolvido: o candidato pode realmente acreditar que está inscrito na prova e só descobrir em novembro que não poderá participar dela.
Quando as provas serão aplicadas?
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será publicado nos próximos dias. Ele já adiantou que:
as inscrições ficarão abertas de 26 de maio a 6 de junho;
as provas serão aplicadas em 9 e 16 de novembro.
➡️Clique aqui para ler REDAÇÕES NOTA MIL do Enem 2024.
Redação do Enem ou 'cover' de Machado de Assis?
Disciplinas e horários
Como nos últimos anos, o Enem será aplicado em dois domingos. Se não houver, no edital, nenhuma alteração no formato da prova, a distribuição de disciplinas será a seguinte:
9 de novembro
O candidato deverá fazer:
45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol);
45 questões de ciências humanas;
redação.
16 de novembro
A prova trará:
45 questões de matemática;
45 questões de ciências da natureza.
Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília), seguidos nos últimos anos:
Abertura dos portões: 12h
Fechamento dos portões: 13h
Início das provas: 13h30
Término das provas no 1º dia: 19h
Término das provas no 2º dia: 18h30
Números 1 no Enem, uma década depois
Para que serve o Enem?
As notas do Enem podem garantir vaga em instituições de ensino superior públicas ou privadas, tanto no Brasil quanto no exterior. Confira as formas de acesso:
Sisu: O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) seleciona estudantes para vagas em instituições públicas, com base na nota do Enem.
Prouni: O Programa Universidade para Todos (Prouni) é uma iniciativa do Ministério da Educação que oferece bolsas integrais e parciais em faculdades particulares. A aprovação também depende do resultado do Enem.
Fies: O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do governo federal que "empresta" dinheiro para os estudantes pagarem as mensalidades no ensino privado, com a contrapartida de os beneficiários quitarem o financiamento após a formatura. O crédito pode cobrir total ou parcialmente a mensalidade do curso. Para se inscrever, é preciso ter feito o Enem.
Instituições privadas: Algumas faculdades também oferecem vagas ou descontos nas mensalidades a partir da nota do Enem. Geralmente, o candidato não precisa prestar outro vestibular.
Universidades no exterior: O Ministério da Educação possui acordo com algumas instituições em países como Portugal, Inglaterra, França, Irlanda e Canadá, que aceitam o Enem no processo seletivo. Em alguns casos, a instituição pode exigir que o interessado passe pelo processo seletivo local. É preciso pesquisar diretamente no site das universidades.