Enem 2025 voltará a valer como certificado de conclusão do ensino médio, diz ministro

Influenciadora mostra assadeira com misto explodindo na cozinha; entenda o que causou acidente
Prova havia perdido essa função em 2017, por decisão do então ministro Mendonça Filho. Dependendo da nota no Enem, candidato maior de 18 anos que não se formou na idade correta pode conseguir o diploma escolar. Enem será aplicado em novembro, como nos últimos anos
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O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta quinta-feira (22) que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 poderá ser usado como certificado de conclusão do ensino médio para maiores de 18 anos, dependendo da nota do aluno.
📖A prova havia deixado de ter essa função em 2017, por decisão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Desde então, adultos que não se formaram na idade correta passaram a buscar o diploma do ensino médio (e também do fundamental) por meio do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
Segundo o Ministério da Educação (MEC) já afirmou em outras ocasiões, mesmo com a retomada do Enem como forma de proporcionar um diploma escolar, o Encceja não deixará de existir.
➡️Clique aqui para ler REDAÇÕES NOTA MIL do Enem 2024.
Quando será o Enem 2025?
As inscrições ficarão abertas de 26 de maio a 6 de junho. Sem divulgar mais detalhes, Santana adiantou que alunos concluintes do ensino médio em escolas públicas terão uma "pré-inscrição" já feita pelo Inep.
As provas serão aplicadas em 9 e 16 de novembro.
✒️Como o Enem funcionava antes de 2017?
Entre 2009 e 2016, os candidatos com mais de 18 anos que não tinham terminado o ensino médio podiam se inscrever no Enem para que, dependendo da nota alcançada, conseguissem obter um certificado de conclusão dos estudos escolares. Isso possibilitava, por exemplo, que eles participassem de processos seletivos para vagas de emprego que exigiam o diploma.
Era preciso tirar, no mínimo, 450 pontos em cada prova (Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Matemática) e 500 pontos (de 1.000) na redação.
Vamos supor que João, de 21 anos, tivesse alcançado a nota pedida em todas as disciplinas no Enem 2014, menos em matemática. Ele poderia se inscrever novamente em 2015 e fazer apenas a prova que faltava. Aí, sim, pediria seu certificado de ensino médio.
Em 2016, última edição em que o Enem funcionou dessa forma, mais de 1 milhão de candidatos participaram do exame, na versão regular, pleiteando o diploma. Desses, 12,4% tiveram sucesso.
✒️Por que o Enem perdeu essa função no passado?
Ao divulgar a decisão, em 2016, o então ministro Mendonça Filho afirmou que "não dava mais para aplicar uma avaliação tão abrangente, que exigia mais do que o necessário, àqueles que têm objetivos distintos". Segundo ele, o Enem, ao avaliar conhecimentos mais aprofundados, estava "impondo um ônus para quem não pensava no ensino superior".
Ao tirar a possibilidade de "diplomação", havia também a intenção de elevar a média nacional dos candidatos do Enem — já que quem não tinha concluído a educação básica na idade certa passaria a ficar de fora.
✒️E o Encceja?
Como explicado no início da reportagem, o Encceja não deixará de existir, mesmo que o Enem sirva para conceder o diploma de ensino médio, diz o MEC.
Para os interessados no diploma de ensino fundamental pelo Encceja, é necessário ter, no mínimo, 15 anos completos na data de realização do exame. Para o ensino médio, a idade mínima é de 18 anos.
As quatro provas objetivas são aplicadas em um único dia, nos turnos matutino e vespertino. Cada uma tem 30 questões de múltipla escolha.
O participante deve atingir, no mínimo, 100 pontos EM CADA UMA das áreas de conhecimento do Encceja.
O método de correção é o TRI (Teoria de Resposta ao Item) – o mesmo do Enem. Ou seja: "chutar" as respostas e ter um desempenho incoerente pode diminuir a nota final.
É preciso também fazer uma redação, que vale de 0 a 10 – e a média necessária para aprovação é 5.
Redação do Enem ou 'cover' de Machado de Assis?
Disciplinas e horários
Como nos últimos anos, o Enem 2025 será aplicado em dois domingos. Se não houver, no edital, nenhuma alteração no formato da prova, a distribuição de disciplinas será a seguinte:
9 de novembro
O candidato deverá fazer:
45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol);
45 questões de ciências humanas;
redação.
16 de novembro
A prova trará:
45 questões de matemática;
45 questões de ciências da natureza.
Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília), seguidos nos últimos anos:
Abertura dos portões: 12h
Fechamento dos portões: 13h
Início das provas: 13h30
Término das provas no 1º dia: 19h
Término das provas no 2º dia: 18h30
Números 1 no Enem, uma década depois
Para que serve o Enem?
As notas do Enem podem garantir vaga em instituições de ensino superior públicas ou privadas, tanto no Brasil quanto no exterior. Confira as formas de acesso:
Sisu: O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) seleciona estudantes para vagas em instituições públicas, com base na nota do Enem.
Prouni: O Programa Universidade para Todos (Prouni) é uma iniciativa do Ministério da Educação que oferece bolsas integrais e parciais em faculdades particulares. A aprovação também depende do resultado do Enem.
Fies: O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do governo federal que "empresta" dinheiro para os estudantes pagarem as mensalidades no ensino privado, com a contrapartida de os beneficiários quitarem o financiamento após a formatura. O crédito pode cobrir total ou parcialmente a mensalidade do curso. Para se inscrever, é preciso ter feito o Enem.
Instituições privadas: Algumas faculdades também oferecem vagas ou descontos nas mensalidades a partir da nota do Enem. Geralmente, o candidato não precisa prestar outro vestibular.
Universidades no exterior: O Ministério da Educação possui acordo com algumas instituições em países como Portugal, Inglaterra, França, Irlanda e Canadá, que aceitam o Enem no processo seletivo. Em alguns casos, a instituição pode exigir que o interessado passe pelo processo seletivo local. É preciso pesquisar diretamente no site das universidades.

Influenciadora mostra explosão de assadeira na cozinha; veja VÍDEO e entenda o que causou acidente

Influenciadora mostra assadeira com misto explodindo na cozinha; entenda o que causou acidente
Princípios da física, como choque térmico e resistência dos materiais, explicam por que vidro foi partido em tantos pedaços. Explosão de assadeira com misto viraliza nas redes; entenda causa do acidente
Diante das imagens tragicômicas de uma travessa de vidro com um misto quente explodindo na cozinha, seguidores da influenciadora Isabela Braga especularam sobre o status do relacionamento dela e do marido. "Devem ser dois recém-casados fazendo uma receita pela primeira vez”, afirmaram nos comentários do Instagram.
➡️Calma, esta não é uma matéria de fofoca, e sim uma aula de física (mas fica aqui o aviso de que eles estão juntos há 4 anos).
Com bom humor e tirando sarro do próprio desastre culinário, Isabela compartilhou um vídeo que vai além de revelar a inexperiência de seu parceiro na cozinha: é um exemplo concreto do fenômeno chamado "choque térmico".
Ele retira o misto do forno e apoia a assadeira na pia, sem nenhuma proteção.
Assim que o recipiente entra em contato com a superfície gelada, explode de maneira impressionante.
“Estávamos tão empolgados com o lanche (primeira vez que tínhamos feito) que nem nos lembramos desse detalhe de não apoiar o prato quente na pia gelada. E o resultado foi aquele do vídeo”, conta Isabela, rindo, ao g1.
No caso mostrado nas imagens, foi possível fazer piada e brincar com a explosão (da assadeira, não de sabores). Mas o mesmo erro pode levar a acidentes domésticos graves — por isso, abaixo, entenda como a ciência explica o episódio e saiba como escapar de qualquer risco semelhante.
🔥 1. Diferença brusca de temperatura (choque térmico)
Quando a assadeira sai do forno, ela está muito quente (entre 180 °C e 250 °C).
A pia (ou a água na pia) está bem mais fria — abaixo de 20 °C, dependendo do caso.
Esse contraste súbito de temperaturas gera o tal "choque térmico", principal vilão do jantar de Isabela.
🧱 2. Dilatação e contração
Materiais como vidro e cerâmica expandem-se quando aquecidos e contraem-se ao esfriar.
A parte externa da assadeira, quando apoiada na pia gelada, esfria e "encolhe" rapidamente, enquanto o restante do recipiente, no lado de dentro, ainda está quente e "expandido".
Isso gera uma diferença de tamanho entre as regiões da assadeira.
💥 3. Tensões internas
A dilatação e a contração desiguais criam tensões internas no vidro.
Se o material não for capaz de suportar essa tensão (ou se já tiver alguma microfissura interna), ele pode trincar ou até explodir.
O vidro comum e a cerâmica de baixa qualidade são ainda mais frágeis ao choque térmico.
"O vidro de um carro em um dia de neve vai estar muito frio. Se jogarmos água fervendo nele, ele vai expandir, trincar ou quebrar", explica Bruna Barroso Gomes, professora do Cursinho da Poli.
🛑 4. Resultado: explosão
Assadeira com misto explode em cozinha de influenciadora
Reprodução/Redes sociais
Quando a tensão ultrapassa o pode ser suportado pelo material, ocorre uma fratura catastrófica: a assadeira "explode", lançando pedaços de vidro ou de cerâmica com força.
Como evitar esse tipo de acidente?
Coloque a assadeira quente sobre um pano seco, uma grade metálica (do próprio fogão) ou uma tábua de madeira, que são isolantes térmicos.
Nunca apoie um recipiente muito quente sobre superfícies molhadas ou frias.
"Vidros tratados termicamente também ficam menos frágeis a mudanças de temperatura", diz a professora.

Harvard processa governo dos EUA após Trump proibir alunos estrangeiros

Influenciadora mostra assadeira com misto explodindo na cozinha; entenda o que causou acidente
Na quinDecisão do governo americano afeta cerca de 6.800 estudantes de fora dos EUA e pode forçar transferências a outras universidades Governo Trump proíbe alunos estrangeiros na Universidade de Harvard
A Universidade Harvard anunciou nesta sexta-feira (23) que entrou na Justiça contra o governo dos Estados Unidos após Donald Trump decidir proibir que a universidade tenha estudantes estrangeiros.
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A proibição de alunos internacionais — que são 1 em cada 4 estudantes da univeridade — foi anunciada na quinta (23) pelo Departadamento de Segurança Interna dos EUA como retaliação aos recentes enfrentamentos entre Trump e a direção de Harvard, que tem se negado a adotar exigências de Washington.
Nesta manhã, a universidade apresentou uma queixa ao Tribunal Federal de Boston em que chama a proibição de "violação flagrante" da Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, além de outras leis federais do país.
Na queixa, a direção de Harvard alegou ainda que a medida provoca "efeitos devastadores" em cerca de 7.000 alunos da universidade que são estrangeiros e dependem do visto de estudante para residir nos EUA.
Proibição
O Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) afirmou que a decisão de proibir estudantes estrangeiros foi tomada porque Harvard não entregou documentos solicitados sobre seus esses alunos.
Segundo o governo, os estrangeiros que já estudam na universidade devem se transferir para outras instituições de ensino — caso contrário, perderão o direito de permanecer legalmente nos Estados Unidos.
Em carta enviada à universidade, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, acusou a instituição de manter um “ambiente hostil para estudantes judeus, de promover simpatias ao Hamas e de adotar políticas racistas de diversidade, equidade e inclusão”.
Harvard reagiu e afirmou que a ação é ilegal e compromete sua missão de pesquisa.
O que acontece agora com os estudantes?
Manifestantes protestam contra ações do governo Trump que miram a Universidade de Harvard
REUTERS/Nicholas Pfosi
Estudantes que estão concluindo o curso neste semestre poderão se formar normalmente. A medida entra em vigor no ano letivo de 2025-2026. A turma de 2025 está prevista para se formar na próxima semana.
No entanto, quem ainda não terminou o curso terá que se transferir para outra universidade. Caso contrário, perderá o visto de estudante.
Já os alunos internacionais que foram aceitos para começar as aulas em setembro não poderão iniciar o curso, a não ser que a decisão do governo mude ou que a Justiça intervenha.
Noem disse que Harvard pode recuperar o status de instituição autorizada a receber estrangeiros se cumprir uma lista de exigências em até 72 horas. Entre os pedidos estão registros disciplinares de estudantes internacionais e gravações de protestos ocorridos no campus.
Segundo Noem, Harvard já havia se recusado a fornecer esses materiais. A universidade informou que está trabalhando para orientar os alunos afetados.
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O governo tem poder para isso?
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante visita a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Brian Snyder/ Reuters
Sim. O DHS é o órgão responsável por autorizar quais instituições fazem parte do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio. É esse programa que permite que as universidades emitam documentos para que estrangeiros solicitem vistos de estudo.
Harvard, agora fora do programa, perde esse direito.
Isso já aconteceu antes?
O governo americano já removeu outras instituições do programa, mas sempre por motivos administrativos — como perder credenciamento, não ter estrutura adequada, ou deixar de funcionar como uma instituição educacional de fato.
Nunca houve remoção por razões políticas, segundo especialistas.
“Eu nunca vi uma revogação por qualquer motivo além dos administrativos previstos em lei”, disse Sarah Spreitzer, vice-presidente do Conselho Americano de Educação, que representa universidades no país. “Isso é sem precedentes.”
Conflito com o governo Trump
Montagem mostra o presidente Donald Trump e a universidade de Harvard
Chip Somodevilla/via REUTERS e Faith Ninivaggi/Reuters
Harvard está no centro de um embate com o governo Trump desde abril. Foi a primeira universidade de elite a se recusar a seguir as ordens da Casa Branca para limitar protestos pró-Palestina e acabar com políticas de diversidade e inclusão.
Desde então, agências federais — como o próprio DHS e os Institutos Nacionais de Saúde — suspenderam o repasse de verbas à universidade, afetando diretamente projetos de pesquisa conduzidos por professores.
A ameaça de retirar a permissão para receber estudantes estrangeiros já havia sido feita em abril. Trump também afirmou que Harvard deveria perder o status de isenção fiscal — algo que poderia comprometer a arrecadação de doações feitas por grandes financiadores da universidade.
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O clima de apreensão dos alunos brasileiros de Harvard: ‘Vou conseguir entrar nos EUA?’

Influenciadora mostra assadeira com misto explodindo na cozinha; entenda o que causou acidente
Governo Trump anunciou nesta quinta-feira (22/05) que revogou o direito de Harvard de matricular estudantes estrangeiros, dando 72 horas e uma lista de exigências para que a universidade pudesse ter a "oportunidade" de recuperar a permissão. 'Que isso sirva de aviso a todas as universidades e instituições acadêmicas do país', escreveu secretária ao anunciar medida
Reuters
Brasileiros que se preparam para embarcar para os Estados Unidos para começar o ano letivo em Harvard nos próximos meses receberam com medo e preocupação a notícia de que a gestão de Donald Trump decidiu proibir a universidade de matricular alunos estrangeiros.
"Esse era o pessoal que mais estava mobilizando o WhatsApp: 'Eu vou conseguir entrar nos EUA?'", conta Marcelo*, que está no fim do segundo ano de um dos programas profissionais de Harvard, a poucos dias de se formar.
"Tinha gente que já tinha alugado casa", ele completa.
Estudantes brasileiros em universidades americanas costumam se reunir em grupos na plataforma para trocar experiências, se ajudar e pedir informações. Alguns contam com centenas de membros, entre veteranos, calouros e ex-alunos.
"A gente estava tentando acalmá-los", diz Mariana*, que acabou de concluir o primeiro ano de mestrado na universidade e relata experiência parecida em sua rede de contatos.
Em outro grupo do qual ela faz parte, com os alunos de seu curso, uma estudante colombiana que havia viajado para participar de um projeto mandou uma mensagem desesperada de dentro do avião: "Vou ser detida quando chegar?"
Nesta quinta-feira (22/05), o governo federal revogou a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio da Universidade de Harvard sob a justificativa de que ela havia falhado "em cumprir a lei".
"Que isso sirva de aviso a todas as universidades e instituições acadêmicas do país", escreveu a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, no X.
Nos EUA, Trump proíbe Harvard de matricular estrangeiros
Desde o início do mandato, Trump tem pressionado as universidades americanas a se alinharem à sua agenda política, usando medidas como o corte de verbas para pesquisa científica como retaliação às que, na visão do governo, não têm colaborado.
Em documento divulgado nesta quinta-feira, Noem afirmou que Harvard teria de cumprir uma série de exigências para ter a "oportunidade" de voltar a matricular estudantes estrangeiros.
Na lista constam, por exemplo, a permissão para acesso a registros disciplinares de estudantes americanos matriculados nos últimos cinco anos na instituição e a entrega de registros, vídeos e áudios de atividades consideradas "ilegais" e "perigosas ou violentas" no campus, incluindo aquelas com a participação de estudantes americanos.
A notificação deu a Harvard 72 horas para atender à solicitação.
"Vamos esperar essas 72 horas e não entrar em pânico", diziam no grupo de brasileiros de Harvard no WhastApp, segundo Marcelo, os que tentavam contemporizar.
Alguns argumentavam a possibilidade de a medida ser um "blefe", um instrumento para pressionar a universidade a obedecer suas demandas.
Outros ressaltaram a possibilidade de a determinação ser derrubada na Justiça — Harvard classificou a decisão da gestão Trump como "ilegal".
Marcelo é mais pessimista. "O governo federal está ignorando medidas judiciais a rodo desde janeiro. Então eu, particularmente, não estou tão otimista assim de que isso vai ser revertido."
Como o governo Trump havia ameaçado em abril revogar a permissão de Harvard para matricular estudantes estrangeiros, diversas escolas dentro da universidade vinham se reunindo com os alunos para traçar possíveis planos de contingência — por exemplo, ele conta, para que alguns pudessem concluir as aulas de forma remota.
Governo Trump proíbe alunos estrangeiros em Harvard, principal universidade americana
Jornal Nacional/ Reprodução
Sem revogação da medida, Marcelo teria que deixar os EUA em 30 dias. Ele está de viagem marcada para o Brasil e afirma que, "se o pior acontecer" e realmente seu visto de estudante for revogado, pode usar o visto de turista para voltar e pegar suas coisas.
O estudante diz que conseguiria receber o diploma de forma remota, mas perderia a possibilidade de tirar o visto de trabalho a que estudantes universitários têm direito logo que se formam, conhecido como Optional Practical Training (OPT). No caso dele, a permissão para trabalhar no país seria de três anos.
"Quando começou esse impacto das políticas do Trump, pensei: 'Olha, esse é um lugar instável pra eu ficar'. Já estava pensando em procurar emprego fora dos Estados Unidos, mesmo com o advento do OPT. Então planejei um pouco mais em relação a isso", afirma.
Muitos brasileiros, contudo, contam com o visto de trabalho para juntar dinheiro para pagar a dívida que contraíram para estudar em Harvard, montantes que podem chegar a dezenas de milhares de dólares.
"Tinha gente já com oferta de emprego", relata Mariana.
Ela também já estava com viagem marcada para o Brasil e diz que vai esperar as 72 horas para pensar nos próximos passos.
*Os nomes foram alterados para preservar o anonimato dos entrevistados.

Influenciadora mostra assadeira com misto explodindo na cozinha; entenda o que causou acidente

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Princípios da física, como choque térmico e resistência dos materiais, explicam por que vidro foi partido em tantos pedaços. Explosão de assadeira com misto viraliza nas redes; entenda causa do acidente
Diante das imagens tragicômicas de uma travessa de vidro com um misto quente explodindo na cozinha, seguidores da influenciadora Isabela Braga especularam sobre o status do relacionamento dela e do marido. "Devem ser recém-casados fazendo uma receita pela primeira vez”, afirmaram nos comentários do Instagram.
➡️Calma, esta não é uma matéria de fofoca, e sim uma aula de física (mas fica aqui o aviso de que eles estão juntos há 4 anos).
Com bom humor e tirando sarro do próprio desastre culinário, Isabela compartilhou um vídeo que vai além de revelar certa inexperiência de seu marido na cozinha: é um exemplo concreto do fenômeno chamado "choque térmico".
Ela retira o misto do forno e apoia a assadeira na pia, sem nenhuma proteção.
Assim que o recipiente entra em contato com a superfície gelada, explode de maneira impressionante.
“Estávamos tão empolgados com o lanche (primeira vez que tínhamos feito) que nem nos lembramos desse detalhe de não apoiar o prato quente na pia gelada. E o resultado foi aquele do vídeo”, conta Isabela, rindo, ao g1.
No caso mostrado nas imagens, foi possível fazer piada e brincar com a explosão (da assadeira, não de sabores). Mas o mesmo erro pode levar a acidentes domésticos graves — por isso, abaixo, entenda como a ciência explica o episódio e saiba como escapar de qualquer risco semelhante.
🔥 1. Diferença brusca de temperatura (choque térmico)
Quando a assadeira sai do forno, ela está muito quente (entre 180 °C e 250 °C).
A pia (ou a água na pia) está bem mais fria — abaixo de 20 °C, dependendo do caso.
Esse contraste súbito de temperaturas gera o tal "choque térmico", principal vilão do jantar de Isabela.
🧱 2. Dilatação e contração
Materiais como vidro e cerâmica expandem-se quando aquecidos e contraem-se ao esfriar.
A parte externa da assadeira, quando apoiada na pia gelada, esfria e "encolhe" rapidamente, enquanto o restante do recipiente, no lado de dentro, ainda está quente e "expandido".
Isso gera uma diferença de tamanho entre as regiões da assadeira.
💥 3. Tensões internas
A dilatação e a contração desiguais criam tensões internas no vidro.
Se o material não for capaz de suportar essa tensão (ou se já tiver alguma microfissura interna), ele pode trincar ou até explodir.
O vidro comum e a cerâmica de baixa qualidade são ainda mais frágeis ao choque térmico.
"O vidro de um carro em um dia de neve vai estar muito frio. Se jogarmos água fervendo nele, ele vai expandir, trincar ou quebrar", explica Bruna Barroso Gomes, professora do Cursinho da Poli.
🛑 4. Resultado: explosão
Assadeira com misto explode em cozinha de influenciadora
Reprodução/Redes sociais
Quando a tensão ultrapassa o pode ser suportado pelo material, ocorre uma fratura catastrófica: a assadeira "explode", lançando pedaços de vidro ou de cerâmica com força.
Como evitar esse tipo de acidente?
Coloque a assadeira quente sobre um pano seco, uma grade metálica (do próprio fogão) ou uma tábua de madeira, que são isolantes térmicos.
Nunca apoie um recipiente muito quente sobre superfícies molhadas ou frias.
"Vidros tratados termicamente também ficam menos frágeis a mudanças de temperatura", diz a professora.