‘Vagabundagem mental’ pode contribuir para a aprendizagem, mostra estudo

Unicamp reduz número de questões em provas da segunda fase do vestibular 2026; veja o que muda
Equipe do Centro de Pesquisas em Neurociências de Lyon, na França, mostrou que as distrações pontuais, que surgem enquanto estamos ocupados, podem ser úteis na aquisição de certas habilidades, como aprender um novo instrumento ou um idioma. Distração pode ajudar na aprendizagem?
Reprodução/Freepik
Durante a execução de uma tarefa, mesmo se estivermos totalmente concentrados, haverá momentos em que nos "desligaremos": nossos pensamentos se desconectarão do que estamos fazendo. Os cientistas chamam esses períodos de “vagabundagem mental”, ou "mind wondering", em inglês.
➡️Estudos mostram que os seres humanos passam entre 30% e 50% do tempo divagando.
“Durante cerca de 50 anos, a ciência mostrou que este estado prejudicava a cognição, porque afetava a atenção”, diz o neurocientista Dezső Németh, do Centro de Pesquisas em Neurociências de Lyon, na França.
Segundo ele, estudos mostraram durante décadas que esses momentos de distração poderiam afetar a memória de trabalho, um componente essencial da função executiva no cérebro, responsável pelo armazenamento temporário de informações. E mais: o excesso de "vagabundagem mental" poderia influenciar na produtividade dos adultos a ponto de afetar a economia de um país.
📖Németh, no entanto, descobriu que há um lado positivo na distração: ela pode contribuir para a aprendizagem.
O neurocientista húngaro questionou quais seriam os pontos positivos desses momentos em que nossos pensamentos derivam independentemente da nossa vontade. Para isso, ele e sua equipe recrutaram 135 pessoas para participar de testes online. Durante o exercício, uma imagem aparecia e desaparecia logo em seguida em uma das quatro janelas da tela. Os voluntários tinham de adivinhar em qual dos espaços vagos ela surgiria novamente.
Questionados sobre o foco e o surgimento de pensamentos aleatórios durante a atividade, 117 participantes relataram ter pensado em outros assuntos pelo menos uma vez. A pesquisa mostrou que esses voluntários que divagaram durante o teste tiveram melhores resultados em comparação aos participantes que permaneceram focados, tentando entender de forma consciente qual seria a sequência de aparecimento do desenho na tela.
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Aprendizagem implícita
A conclusão foi que sonhar acordado favorece a chamada aprendizagem implícita e as conexões cerebrais com o ambiente.
“Você aprende mesmo sem perceber que está aprendendo alguma coisa. Nosso cérebro sempre está tentando descobrir modelos e estruturando o ambiente”, explica o neurocientista.
➡️Segundo o pesquisador, a aprendizagem implícita propiciada por essas distrações pontuais facilita a aquisição de novas habilidades, como tocar um instrumento, praticar um novo esporte ou aprender um idioma.
Agora são necessárias mais pesquisas para determinar até que ponto esses momentos de divagação influenciam o processo de aprendizagem implícita apenas de forma positiva, ou se isso pode ser variável. É preciso diferenciar também, diz Dezső Németh o que acontece no cérebro durante a aquisição de conhecimentos totalmente novos e o aperfeiçoamento de competências já existentes.
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Consolidação da memória
O processo cognitivo que envolve a "vagabundagem mental" está conectado ao da consolidação da memória, que acontece durante o sono. Durante o estudo, a equipe do cientista húngaro também notou semelhanças entre esse estado mental e os observados no cérebro enquanto estamos dormindo, que ocorrem no córtex pré-frontal.
“Esse processo cerebral está conectado ao fenômeno que chamamos em neurociências de replay. Isso significa que, se você está executando uma tarefa em um determinado momento e começa a divagar, seu cérebro inconscientemente vai continuar repetindo essa tarefa, e isso vai ajudar na consolidação da memória”, explica o cientista húngaro.
A hipótese da equipe, que ainda precisa ser comprovada, é que o cérebro simula as informações que estão chegando, e as reproduz como se estive rebobinando um filme. Durante esse processo, a aprendizagem provavelmente seria reforçada. É preciso também investigar, diz o pesquisador, como as emoções envolvidas nos pensamentos que surgem enquanto estamos ocupados interfere nesse processo.
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Incels, redpills e mais 10: os termos da série ‘Adolescência’ sobre a cultura de ódio a mulheres

Unicamp reduz número de questões em provas da segunda fase do vestibular 2026; veja o que muda
Produção britânica traz trama relacionada à misoginia. Especialista explica o contexto de cada expressão relacionada à aversão a mulheres. Entenda o que são incels, redpills e outros 10 termos da série ‘Adolescência’
A série britânica “Adolescência”, da Netflix, é um fenômeno mundial: não só pelo público alcançado, mas também pela aprovação quase irrestrita da crítica. Ela conta a história de Jamie Miller, um garoto de 13 anos que é acusado de assassinar uma colega de classe. Ao longo de 4 episódios, são abordados temas relacionados à violência on-line e à cultura de ódio a mulheres.
➡️Mesmo que você opte por não acompanhar a série, certamente vai ouvir no dia a dia alguns dos termos mencionados na narrativa — principalmente se conviver com jovens ou se usar redes sociais. Sabe o que é "incel"? E "redpill"?
O g1 montou um glossário com expressões atuais e importantes relacionadas ao masculinismo (não sabe o que isso significa? Só consultar nosso dicionário abaixo). Temos as definições de:
Incel
Redpill
Blackpill
Discord
Reddit
Misoginia
Masculinismo
White knight
Homens beta
MGTOW (Men Going Their Own Way)
Chad
Stacy
Owen Cooper foi elogiado por sua atuação como Jamie, de 13 anos, em 'Adolescência'
Divulgação/Netflix
🔴Incel:
Essa é a palavra mais importante da lista, segundo Bruna Camilo, doutora em Sociologia e pesquisadora de gênero, misoginia e extrema direita. O termo vem de “celibatário involuntário” (do inglês “involuntary celibates”), porque descreve, a princípio, meninos que se sentem incapazes de ter um relacionamento amoroso, mesmo querendo se envolver com alguém.
Com o tempo, a definição ganhou um contorno de ódio às mulheres.
“Geralmente, o incel é um menino jovem, ligado à internet, que é tímido e inseguro, além de ter dificuldades de socializar. Ele fica ressentido e culpa as meninas e as mulheres”, explica Camilo. “Na mentalidade deles, são elas que os excluem da sociedade.”
Ou seja: o discurso incel é fundamentado na ideia de que as mulheres devem ser punidas, já que são as responsáveis por todas as frustrações amorosas e sexuais sofridas pelos homens.
“Existem pessoas assim em menor e em maior grau. Alguns até têm amigos, como o personagem da série. Mas, ainda assim, usam a internet para atacar as meninas, por puro ressentimento. Já tivemos casos reais de atentados em escolas, por exemplo, que foram organizados por alunos meninos e direcionados a alunas”, afirma a pesquisadora.
A internet facilita a formação de comunidades com a mentalidade incel — principalmente grupos que jogam on-line e que retroalimentam o ódio ao sexo feminino.
🔴Redpill:
O termo é uma referência ao filme “Matrix”, em que um personagem pode escolher entre tomar a “bluepill” (pílula azul) ou a “redpill” (pílula vermelha). A primeira manteria a pessoa na ignorância, acreditando em todas as mentiras propagadas pela sociedade, enquanto a segunda faria com que a verdade fosse acessada. Resumindo: quem toma a “redpill” acorda para o mundo e passa a enxergá-lo supostamente da maneira correta.
➡️Grupos misóginos (que incentivam o ódio e o desprezo contra mulheres) apropriaram-se da metáfora para propagar que o tal “mundo verdadeiro”, visto a partir das “redpills”, seria aquele em que os homens são injustiçados.
A série “Adolescência” mostra justamente como conteúdos de ideologia “redpill” podem influenciar os jovens.
“Quando defendi minha tese, em 2023, redpill nem era ainda um movimento, era só um termo. Atualmente, ele inclui homens que acreditam que entenderam a ‘verdade’: de mulheres serem opressoras”, diz Bruna Camilo. “É um grupo construído a partir do ressentimento. Existem até coaches casados que são ‘redpills’ e que, em geral, pregam que as mulheres são subalternas.”
Você lembra quando houve a invasão do Capitólio americano em 2021? Um dos envolvidos estava vestido de viking. “Isso faz parte do movimento. É a crença de que o homem só vai recuperar sua masculinidade se voltar aos tempos mais primitivos”, diz a pesquisadora.
🔴Blackpill:
É uma versão mais acentuada, radical e pessimista do “redpill”.
🔴Discord:
Owen Cooper foi elogiado por sua atuação como Jamie, de 13 anos, em 'Adolescência'
Divulgação/Netflix
É uma plataforma de comunicação criada para gamers, mas largamente utilizada por grupos de “redpill” ou “blackpill”. Ela permite a troca de áudios, de textos e de imagens, além de possibilitar transmissões ao vivo e formação de fóruns.
🔴Reddit:
Com um princípio semelhante ao do antigo Orkut, essa plataforma de fóruns permite que os usuários postem e comentem sobre determinado tópico. Há comunidades para falar de games, por exemplo, de cinema, de esportes, de tecnologia e… de ideias radicais. Grupos de incels usam essa rede social para disseminar ideias misóginas.
Na série “Adolescência”, fóruns anônimos desempenham um papel significativo na radicalização do personagem principal.
🔴Misoginia:
“É a base da construção de qualquer forma de pensar que oprima as mulheres e atente contra os direitos delas”, explica Bruna Camilo.
🔴Masculinismo:
É o movimento de homens que querem buscar a masculinidade hegemônica para enfrentar o que foi conquistado pelas mulheres. “Os defensores acreditam que esses direitos [femininos] diminuem a masculinidade deles. Isso se manifesta até de maneiras sutis, como na escolha do vocabulário”, diz Camilo.
🔴White knight:
Christine Tremarco e Stephen Graham interpretam os pais de Jamie em 'Adolescência'
Divulgação/Netflix
São homens que tentam defender mulheres em ambientes on-line e que são ridicularizados por isso. Na série, isso é retratado por meio de personagens humilhados pelo grupo de Jamie.
🔴Homens beta ('beta males', em inglês):
Dentro da hierarquia defendida por incels, os homens “beta” são considerados inseguros e submissos às mulheres. Eles são supostamente dominados pelos “alfa” (confiantes, bem-sucedidos em relacionamentos).
Em “Adolescência”, essa crença de "hierarquias masculinas" é seguida pelo protagonista.
🔴MGTOW ('Men Going Their Own Way'):
A sigla (lida como "migtau") significa “homens seguindo seu próprio caminho”. Ela define um movimento masculino de rejeição a mulheres, sob o argumento de que elas são manipuladoras. “É uma vertente dos grupos masculinistas e misóginos que falam da solidão. Eles se juntam para seguirem o tal caminho: lugar contra qualquer tipo de ameaça à masculinidade”, diz a pesquisadora. “Pode ser organizado para orquestrar um crime.”
A série mostra como jovens podem ser atraídos para o movimento MGTOW, motivados por um ressentimento contra mulheres. É algo que contribui para a radicalização dos personagens.
🔴Chad:
Essa gíria é usada para descrever homens atraentes, confiantes e sexualmente ativos. Incels, em geral, acreditam que são inferiores aos “Chads”.
🔴Stacy:
É uma palavra pejorativa, usada para descrever mulheres atraentes e desejadas, vistas pelos incels como fúteis. Na mentalidade masculinista, elas sempre escolherão os Chads.
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Unicamp divulga lista de obras de leitura para os próximos vestibulares

Unicamp reduz número de questões em provas da segunda fase do vestibular 2026; veja o que muda
Obras de Gabriel Garcia Marques, Raquel de Queiróz e Olinda Beja cairão nas provas a partir de 2027. IMAGEM DE ARQUIVO: Candidatos realizam prova do Vestibular da Unicamp
Pedro Amatuzzi/g1
A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) anunciou nesta terça-feira (25) as novas listas de leituras indicadas para estudantes para os próximos três anos, a partir do Vestibular 2027 (confira a relação completa nas listas abaixo).
A cada ano são indicadas nove obras para leitura, sendo sempre três novas em relação ao anterior. O objetivo da divulgação com antecedência é permitir o planejamento às escolas e que os vestibulandos tenham um tempo maior para se preparar para as provas.
As listas não impactam o Vestibular 2026, cujo calendário foi divulgado nesta segunda-feira (24) e que exigirá dos candidatos as mesmas obras de 2025. A relação completa pode ser consultada no site da Comvest.
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Novas obras
Passam a fazer parte das próximas listas, nove novas obras de leitura obrigatória.
Para a edição de 2027, passam a integrar a lista:
Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis;
Canções escolhidas, de Paulo César Pinheiro;
Os funerais da Mamãe Grande, de Gabriel Garcia Márquez.
Para o Vestibular Unicamp 2028, as novas obras são:
O direito à literatura (capítulo de Vários Escritos), de Antonio Candido;
Os quinze, de Raquel de Queiróz;
Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende.
No Vestibular Unicamp 2029, as novas obras selecionadas são:
Broquéis, de Cruz e Souza;
Lésbia, de Maria Benedita Bormann;
Chá do príncipe, de Olinda Beja.
Clique AQUI para ver a relação completa de cada ano.
Literatura estrangeira
Sobre a presença de obras estrangeiras na lista, a banca de literatura destacou que a escolha dialoga com a perspectiva sinalizada pela Base Nacional Comum Curricular e explicou que, nesse sentido, tanto a literatura africana como a latino-americana, estão representadas por duas coleções de contos:
Os funerais da Mamãe Grande, do escritor colombiano Gabriel García Márquez;
Chá do príncipe, da escritora santomense Olinda Beja.
Poesias
Já em relação à adoção, no gênero poesia, das canções de Paulo César Pinheiro, de acordo com a banca, a ideia é expandir a experiência dos estudantes de ensino médio com a literatura, considerando, por exemplo, o lirismo intenso e uma profunda inquietação política e social presentes na obra e que mesclam um refinado trabalho com a linguagem a recursos da poesia popular e da oralidade.
Obras clássicas
Dentre as obras clássicas da literatura brasileira que passam a fazer parte estão Memórias Póstumas de Brás Cubas, de 1881, considerada pela banca como um divisor de águas na obra de Machado de Assis e na própria literatura brasileira do século XIX; e O Quinze, romance de estreia de Rachel de Queiroz, publicado em 1930, considerada uma obra marcante naquilo que veio a ser a vertente regionalista do modernismo brasileiro.
Confira a relação completa de livros para cada ano
Vestibular 2027 – Lista de obras indicadas
Vestibular 2028 – Lista de obras indicadas
Vestibular 2029 – Lista de obras indicadas
VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região
Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Campinas.

Conselho reprova medida radical adotada por escolas na proibição de celulares

Unicamp reduz número de questões em provas da segunda fase do vestibular 2026; veja o que muda
Órgão do Ministério da Educação (MEC) publicou nesta segunda-feira (23) orientações sobre o veto de smartphones. Estudantes usam celular na porta da escola, em Belo Horizonte
Maíra Cabral/TV Globo
O Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou, nesta segunda-feira (24), as diretrizes técnicas sobre o uso de celulares nas escolas públicas e particulares do país. É um detalhamento da decisão do Ministério da Educação (MEC), vigente desde janeiro, de proibir que os alunos usem smartphones e tablets nas instituições de ensino.
📳Segundo o CNE, bloquear o sinal de internet para impedir que os alunos entrem em sites ou redes sociais, por exemplo, não é uma solução tecnológica recomendada.
"Ela afeta não apenas os alunos, mas também professores, funcionários e visitantes que possam necessitar do uso de seus dispositivos móveis por motivos pessoais ou profissionais e, portanto, não deve ser utilizada", afirma o texto.
Há também as seguintes determinações:
➡️O celular só é permitido com fins pedagógicos (e desde que haja orientação do professor). Fora exceções específicas (veja mais abaixo), ele está vetado inclusive durante o recreio e nos intervalos entre as aulas.
➡️A escola deve decidir onde os aparelhos ficarão guardados. Há as seguintes opções:
deixar o celular na mochila, em bolsa lacrada ou em armário com chave, para que fique inacessível durante o período letivo;
usar caixas coletoras ou compartimentos específicos para armazenar os smartphones da turma, sob supervisão do professor, na própria sala de aula ou em algum outro espaço do colégio.
➡️As exceções devem ser respeitadas. O uso de celular é permitido em situações relacionadas:
a fins pedagógicos ou didáticos, conforme orientação do professor, em atividades planejadas;
ao estado de perigo (como em desastres naturais ou riscos iminentes à segurança);
à inclusão e à acessibilidade de estudantes com deficiência;
ao atendimento a condições de saúde e garantia de direitos fundamentais.
➡️Na educação infantil, os celulares não devem ser usados nem mesmo para fins pedagógicos. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a utilização tem de ser "equilibrada e mais restrita, garantindo o desenvolvimento das competências digitais necessárias".
➡️Todas as normas podem ser formalizadas em um contrato pedagógico e pactuadas entre a comunidade escolar.
➡️Nenhuma forma de vigilância pode prejudicar o processo pedagógico (como interromper aulas por período prolongado para fiscalizar os alunos, por exemplo).
➡️As punições para quem desrespeitar as normas devem ser estabelecidas de forma democrática, levando em conta os direitos humanos.
➡️Os educadores devem estar habilitados para identificar sinais de sofrimento emocional nos alunos. É importante também que a escola proporcione: campanhas de conscientização sobre os efeitos negativos do celular e atividades que estimulem a convivência e a criatividade das crianças e dos jovens.
Celular proibido nas escolas?

Unicamp reduz número de questões em provas da segunda fase do vestibular 2026; veja o que muda

Unicamp reduz número de questões em provas da segunda fase do vestibular 2026; veja o que muda
Início das inscrições será em agosto e prova da primeira fase está marcada para ocorrer em outubro. Imagem de arquivo: estudantes realizam vestibular da Unicamp em 2025
Pedro Amatuzzi/g1
O vestibular da Unicamp terá novidades em 2026. Na segunda fase, quando são aplicadas as provas específicas, os candidatos deverão responder 18 questões e não mais 20. De acordo com José Alves de Freitas Neto, diretor da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), o objetivo é deixar a prova menos exaustiva, considerando as exigências de leitura.
"Isso faz com que os candidatos tenham mais tempo para resolver essas questões. Consequentemente, nós esperamos que eles possam ter um desempenho melhor na prova e atingir notas máximas, que é o que nós esperamos daqueles que serão aprovados no vestibular da Unicamp", disse em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo.
Neste ano, a primeira fase está marcada para o dia 26 de outubro. Já a segunda será entre os dias 30 de novembro e 1º de dezembro. O calendário completo foi divulgado nesta segunda-feira (24) e pode ser consultado AQUI.
O que muda na 2ª fase da Unicamp em 2026?
De acordo com Alves, a redução considera as questões da parte específica do exame, de acordo com a área escolhida, "nas quais os candidatos se empenham mais por conta dos respectivos pesos de cada matéria". A expectativa é que, com o ajuste, os candidatos tenham mais tempo para ler os enunciados e articular as respostas.
"A redução de questões é por área de conhecimento. Em humanas, vai ter uma questão a menos de história e geografia. Em biológicas, uma questão a menos de biologia e química, em exatas, uma de química e uma de física a menos. Só essa a mudança. As provas de conteúdo gerais continuam mantidas".
Com a mudança os candidatos terão, no segundo dia de provas da segunda fase, que responder à seguinte quantidade de questões:
Candidatos da área de ciências humanas/artes: 5 questões de história, 5 de geografia, 1 de filosofia e 1 de sociologia.
Candidatos da área de ciências da natureza: 7 questões de biologia, 5 de química.
Candidatos da área de ciências exatas/tecnológicas: 7 questões de física e 7 de química.
As demais provas da segunda fase do Vestibular Unicamp não serão alteradas e seguem sendo:
PRIMEIRO DIA (provas comuns a todos os candidatos):
Prova de redação (composta por duas propostas de textos para que o candidato eleja e execute apenas uma proposta);
Prova de língua portuguesa e literaturas de língua portuguesa, com seis questões;
Prova interdisciplinar com duas questões de língua inglesa e duas questões interdisciplinares de ciências da natureza.
SEGUNDO DIA (provas comuns a todos os candidatos):
Prova de matemática: com 6 questões para os cursos das áreas de ciências exatas/tecnológicas; 4 questões para os cursos das áreas de ciências biológicas/saúde e 4 questões para os cursos das áreas de ciências humanas/artes;
Prova Interdisciplinar: com 2 questões interdisciplinares de ciências humanas.
Calendário do Vestibular da Unicamp 2026
s inscrições poderão ser feitas a partir do dia 1º de agosto e a primeira fase está marcada para 26 de outubro. Confira abaixo o calendário completo:
Isenções da taxa de inscrição: 12 de maio a 6 de junho
Inscrições e pagamento da taxa de Inscrição: 1º de agosto a 1º de setembro
Prova de habilidades específicas – música: setembro
1ª fase do vestibular: 26 de outubro
2ª fase do vestibular: 30 de novembro a 1º de dezembro
Provas de habilidades específicas: 3 a 5 de dezembro
Divulgação dos aprovados em 1ª chamada: 23 de janeiro de 2026
Como pedir a isenção da taxa de inscrição?
Candidatos que atendam aos requisitos poderão solicitar a isenção da taxa de inscrição, que valerá tanto para o Vestibular Unicamp 2026, quanto para a modalidade Enem-Unicamp 2026, a partir do dia 12 de maio de 2025.
Os pedidos de isenção deverão ser realizados exclusivamente pela internet, na página da Comvest, até o dia 6 de junho. O envio da documentação (que constará do edital a ser publicado em breve) é feito também pela internet, no mesmo período. A lista de beneficiados será divulgada em julho.
VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região
Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Campinas.