Governo da Bahia abre inscrições para auxílio permanência estudantil nas universidades públicas estaduais

Pular corda mil vezes, marchar aos 6 anos e fazer ‘maratona’ em escada: como são as aulas de educação física na China
Prazo começaram nesta segunda-feira (19) e terminam no dia 18 de setembro, Governo da Bahia abre inscrições para auxílio permanência estudantil nas universidades públicas estaduais.
Claudionor Júnior
As inscrições para a seleção do segundo semestre do Mais Futuro foram abertas nesta segunda-feira (19) e prosseguem até 18 de setembro, através da internet.
Desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), o programa de auxílio permanência é direcionado a estudantes com situação de vulnerabilidade socioeconômica comprovada no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), do Governo Federal; que estejam regularmente matriculados em cursos de graduação presencial em uma das quatro universidades estaduais da Bahia (UNEB, UESC, UESB e UEFS); e não tenham concluído nenhum outro curso de nível superior.
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O auxílio permanência corresponderá ao valor de R$ 400 para o perfil básico; R$ 800 para o perfil moradia e valor variável para o perfil complementar.
Os estudantes interessados em participar do Mais Futuro deverão, no momento da inscrição, identificar em um dos perfis estipulados pelo programa:
Básico, que se aplica aos estudantes residentes em município localizado até 100 km do campus de matrícula e frequência do curso superior;
Moradia, referente a alunos que moram em município localizado a uma distância superior a 100 km do campus de matrícula, com e frequência do curso superior e que mudou de domicílio para frequentar o curso;
Complementar, correspondente a estudantes beneficiários de auxílio estabelecido por atos normativos de instituições de Ensino Superior ou entes federativos diversos que atendam aos critérios estabelecidos pelos perfis Básico e Moradia.
Entre os documentos exigidos para a inscrição estão:
Carteira de Identidade ou documento oficial com foto;
Cadastro de Pessoas Física (CPF);
Folha Resumo do registro, individual ou familiar, atualizado no CadÚnico, que deverá estar carimbada e assinada pelo órgão responsável pelo fornecimento das informações, e na ausência de carimbo, o servidor responsável deverá registrar o número da matrícula funcional e assinar; comprovante de matrícula emitido/disponibilizado no semestre vigente; comprovante de residência em nome do estudante, mãe, pai, avós ou outro responsável legal;
Declaração de inexistência de vínculo empregatício e de não estar cursando e nem ter concluído outro curso de nível superior, entre outros.
Após a etapa de inscrição, a documentação exigida será analisada e homologada pelas Comissões de Seleção, equipes correlatas ou pelo setor responsável pela assistência e permanência estudantil de cada universidade.
É de responsabilidade do estudante o acompanhamento regular no sistema de inscrição on-line no mesmo endereço utilizado no momento da inscrição.
A lista dos alunos homologados será disponibilizada pela SEC, em articulação com as universidades, e divulgada por cada uma das respectivas instituições em seus portais eletrônicos. Atualmente, 10 mil estudantes são contemplados com o Programa Mais Futuro.
Cronograma
Publicação do Edital de Inscrição 2024.2 – 16/08
Período de Inscrição – 19/08 a 18/09
Período da 1ª análise de homologação – 20/08 a 23/09
Correções das inscrições pelos estudantes – 21/08 a 20/09
Finalização do Processo de Homologações – 20/08 a 03/10
Publicação da Lista Parcial de Homologados – 30/09
Recursos Contra o Resultado das Homologações – 07 e 08/10
Publicação da Lista Final de Homologados – pós recursos – 14/10/2024
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Professores das universidades estaduais da Bahia rejeitam proposta salarial e paralisam atividades nesta segunda-feira

Pular corda mil vezes, marchar aos 6 anos e fazer ‘maratona’ em escada: como são as aulas de educação física na China
Reunião da mesa de negociação, entre as representações do governo e dos professores das Uebas, será feita na tarde desta segunda-feira, na Secretaria Estadual da Educação. Professores das universidades estaduais paralisam atividades 24 horas na Bahia
Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) iniciaram uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira (19) após rejeitarem, na semana passada, em assembleias, a proposta de recomposição salarial do governo estadual.
Não terão aula nesta segunda-feira na: Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
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Segundo a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) a assembleia aconteceu na quarta-feira (14), no campus de Salvador, e os professores presentes entenderam que, embora a proposta do governo tenha sido rebaixada, houve um avanço nas negociações.
“O executivo assumiu o compromisso de pagar, pelos próximos quatro anos, o valor da inflação do ano anterior. Consideramos isso um fato positivo", afirmou Clóvis Piáu, o coordenador geral da Aduneb.
"Porém, quanto à proposta de recomposição dos salários defasados em quase 35%, segundo os dados do Dieese, o governo só aceita pagar 1% ao ano, também pelo período de quatro anos. A proposta causou indignação entre os professores”, explicou.
Paralisação e reunião com o governo
Alunos da Uesb não terão aula nesta segunda-feira.
Reprodução/TV Sudoeste
A orientação dos sindicatos é que professores façam atividades de mobilização em todas as cidades do estado que possuam campi das Uebas, a exemplo de panfletagem, rodas de conversa, utilização de carros de som, faixas e visitas a emissoras de rádio.
Em Salvador, em frente ao pórtico da Uneb, no bairro da Cabula, às 9h, acontecerá um café da manhã com panfletagem.
Nesta segunda, acontecerá na capital baiana mais uma reunião da mesa de negociação, entre as representações do governo e dos professores das Uebas. A atividade será realizada às 14h30, na Secretaria Estadual da Educação.
Contraproposta
Os professores das Uebas também aprovaram uma contraproposta que será apresentada ao governo na reunião de segunda-feira. A categoria informou que a proposição foi elaborada tendo como parâmetro os ganhos reais conquistados pela categoria no governo Jaques Wagner.
Assim, o movimento docente reivindica o pagamento das perdas inflacionárias do ano anterior (com base nos índices do IPCA), e acrescenta um reajuste de 4,5% de recomposição salarial, a ser pago em 1º de janeiro (data-base da categoria), pelos próximos três anos.
Além da questão salarial, os professores das Uebas também reivindicam a resolução para questões como as filas paradas de promoções e progressões, a implantação das mudanças de regime de trabalho remanescentes e o final da lista tríplice para a escolha de reitoras e reitores.
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Professores das universidades estaduais da Bahia rejeitam proposta de recomposição salarial e paralisam atividades nesta segunda-feira

Pular corda mil vezes, marchar aos 6 anos e fazer ‘maratona’ em escada: como são as aulas de educação física na China
Reunião da mesa de negociação, entre as representações do governo e dos professores das Uebas, será feita na tarde desta segunda-feira, na Secretaria Estadual da Educação. Professores das universidades estaduais paralisam atividades 24 horas na Bahia
Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) iniciaram uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira (19) após rejeitarem, na semana passada, em assembleias, a proposta de recomposição salarial do governo estadual.
Não terão aula nesta segunda-feira na: Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
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Segundo a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) a assembleia aconteceu na quarta-feira (14), no campus de Salvador, e os professores presentes entenderam que, embora a proposta do governo tenha sido rebaixada, houve um avanço nas negociações.
“O executivo assumiu o compromisso de pagar, pelos próximos quatro anos, o valor da inflação do ano anterior. Consideramos isso um fato positivo", afirmou Clóvis Piáu, o coordenador geral da Aduneb.
"Porém, quanto à proposta de recomposição dos salários defasados em quase 35%, segundo os dados do Dieese, o governo só aceita pagar 1% ao ano, também pelo período de quatro anos. A proposta causou indignação entre os professores”, explicou.
Paralisação e reunião com o governo
Alunos da Uesb não terão aula nesta segunda-feira.
Reprodução/TV Sudoeste
A orientação dos sindicatos é que professores façam atividades de mobilização em todas as cidades do estado que possuam campi das Uebas, a exemplo de panfletagem, rodas de conversa, utilização de carros de som, faixas e visitas a emissoras de rádio.
Em Salvador, em frente ao pórtico da Uneb, no bairro da Cabula, às 9h, acontecerá um café da manhã com panfletagem.
Nesta segunda, acontecerá na capital baiana mais uma reunião da mesa de negociação, entre as representações do governo e dos professores das Uebas. A atividade será realizada às 14h30, na Secretaria Estadual da Educação.
Contraproposta
Os professores das Uebas também aprovaram uma contraproposta que será apresentada ao governo na reunião de segunda-feira. A categoria informou que a proposição foi elaborada tendo como parâmetro os ganhos reais conquistados pela categoria no governo Jaques Wagner.
Assim, o movimento docente reivindica o pagamento das perdas inflacionárias do ano anterior (com base nos índices do IPCA), e acrescenta um reajuste de 4,5% de recomposição salarial, a ser pago em 1º de janeiro (data-base da categoria), pelos próximos três anos.
Além da questão salarial, os professores das Uebas também reivindicam a resolução para questões como as filas paradas de promoções e progressões, a implantação das mudanças de regime de trabalho remanescentes e o final da lista tríplice para a escolha de reitoras e reitores.
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Fuvest abre inscrições para vestibular 2025 nesta segunda-feira; veja calendário com todas as datas

Pular corda mil vezes, marchar aos 6 anos e fazer ‘maratona’ em escada: como são as aulas de educação física na China
Prazo se inicia às 12h desta segunda-feira (19) e vai até 08 de outubro. Taxa de inscrição é de R$ 211 e primeira fase será realizada em 17 de novembro deste ano, e as provas de 2ª fase, entre 15 e 16 de dezembro de 2024. Estudantes realizam prova de primeira fase da Fuvest do vestibular 2022 para concorrer à uma vaga na USP, em uma das salas da FEA, na Universidade de São Paulo (USP).
Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo
Começa nesta segunda-feira (19), às 12h, o período de inscrição para o vestibular 2025 da Fuvest, que vai selecionar os estudantes que irão ingressar nos cursos de graduação da Universidade de São Paulo (USP) no próximo ano.
Os interessados terão até o meio-dia de 08 de dezembro para preencher um formulário com dados pessoais e um questionário socioeconômico no site da instituição. A taxa de inscrição custa R$ 211,00.
Todos os candidatos que querem prestar a primeira fase do vestibular devem se inscrever, mesmo aqueles que deram entrada a pedidos de isenção ou redução de taxa. CLIQUE AQUI PARA REALIZAR SUA INSCRIÇÃO.
A primeira fase do vestibular será realizada em 17 de novembro deste ano, e as provas de 2ª fase, entre 15 e 16 de dezembro de 2024.
Confira o calendário completo do vestibular 2025 abaixo.
Calendário Fuvest 2025
Período de inscrição: 12h de 19/ago até 12h de 08/outubro/2024
Divulgação dos locais de prova da 1ª Fase: 1º/Novembro/2024
Prova da 1ª fase: 17/novembro/2024
Divulgação convocados para 2ª fase: 02/dezembro/2024
Provas da 2ª fase: 15 e 16/dezembro/2024
Divulgação da primeira lista de aprovados: 24/janeiro/2025
Os livros obrigatórios para os vestibulandos que tentarão ingressar em 2025 na USP são os seguintes:
Marília de Dirceu – Tomás Antônio Gonzaga
Quincas Borba – Machado de Assis
Os ratos – Dyonélio Machado
Alguma Poesia – Carlos Drummond de Andrade
A Ilustre Casa de Ramires – Eça de Queirós
Nós matamos o cão tinhoso! – Luís Bernardo Honwana
Água Funda – Ruth Guimarães
Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles
Dois irmãos – Milton Hatoum
VÍDEOS: Veja mais sobre SP e Região Metropolitana

Pular corda mil vezes, marchar aos 6 anos e fazer ‘maratona’ em escada: como são as aulas de educação física na China

Pular corda mil vezes, marchar aos 6 anos e fazer ‘maratona’ em escada: como são as aulas de educação física na China
País, que costuma estar no topo da tabela de medalhas olímpicas, tem currículo baseado em repetições intensas do mesmo exercício. 'Não é como se corressem para o campo e começassem a jogar bola', explica ao g1 a antropóloga finlandesa Anni Elisa Kajanus. Repetições, marcha e disciplina: como são as aulas de educação física na China?
Já estamos acostumados a ver a China nas primeiras posições do quadro de medalhas olímpicas — em Paris, os 40 ouros, 27 pratas e 24 bronzes levaram o país à vice-liderança mundial, atrás apenas dos Estados Unidos.
A apresentação das meninas chinesas do nado sincronizado, por exemplo, de uma perfeição que impressionou os técnicos (e o mundo) na última semana da competição, fez com que brasileiros buscassem uma explicação para a habilidade das atletas: “devem ter aula de educação física desde os 2 anos!”. Será?
➡️O g1 foi atrás da resposta e descobriu que, de fato, o modo como o governo e as escolas da China encaram a prática de esportes é bem diferente dos nossos padrões. Dizer que os bebês começam a se exercitar aos 2 anos é exagero, mas tenha certeza de que a vida das crianças não é, digamos, fácil.
“Normalmente, as aulas de educação física são realizadas com os alunos em filas. Não é como se corressem para o campo e começassem a jogar bola”, explica ao g1 a antropóloga finlandesa Anni Elisa Kajanus, que estuda questões sociais da China na Universidade de Helsinque.
Abaixo, veja um resumo das principais características da educação física chinesa:
🔁De novo e de novo. “A repetição é muito importante, porque os chineses acreditam que atividades assim criam uma pessoa virtuosa e ética, explica a pesquisadora. Pular corda mil vezes e filmar, por exemplo, pode ser a lição de casa das crianças, como conta o atleta brasileiro Mateus Martins, que desenvolve um projeto esportivo na China há quase 20 anos [leia mais abaixo].
🏀Uma etapa por vez. Normalmente, nas escolas chinesas, cada exercício é ensinado em três fases diferentes e independentes. No Brasil, aprendemos a pular corda… pulando corda, certo? Lá, há outra abordagem pedagógica. Primeiro, o aluno aprende a rotacionar a mão, sem segurar nada. Só depois, pulará no chão. E, por último, na etapa 3, juntará tudo e efetivamente tentará pular a corda.
“É sempre assim: uma atividade mais simples para depois construir uma mais complexa. Na Europa, agimos diferente: nossa ideia é dar a compreensão do todo, do jogo completo, para incentivar que a criança entenda como tudo se conecta”, afirma Kajanus.
🧑‍🏫Professor como instrutor sempre presente. Nas escolas chinesas, docentes são muito respeitados pelos estudantes – não há problemas de indisciplina. E o papel deles não é apenas demonstrar conhecimento, mas também dar conselhos e instruções detalhadas à turma.
“Se o professor der uma bola para as crianças e disser ‘ok, nos vemos em 20 minutos’, isso vai ser visto como pouco profissional, como se ele não se importasse [com as crianças]”, analisa a pesquisadora da Finlândia.
🚶‍♂️🚶‍♂️Marchando desde pequenos. Os esportes tornaram-se mais populares na China a partir da década de 1950, por iniciativa do Partido Comunista. Naquela época, a educação física das massas era vista como uma forma de preparação para a guerra.
“Até hoje, as práticas militarizadas ficam muito evidentes. Os professores comentam que precisam ensinar primeiro os conceitos básicos, como marchar ao ritmo da música, para que tenham o controle das crianças pequenas. Só depois que elas passam a praticar esportes”, afirma Kajanus.
⌚Rigidez máxima. Não há espaço para falhar. Segundo Mateus Martins, a exigência dos pais e das autoridades não se aplica somente às cerca de 16 horas diárias de estudo nas escolas: ela estende-se também ao desempenho na educação física.
“Se a família acha que o aluno pode ser um campeão, dependendo das condições financeiras, matricula a criança em todas as escolinhas de esporte possíveis, até no fim de semana. E os professores reproduzem com alunos pequenos o que está sendo feito nos melhores clubes do mundo, como o Barcelona. Pode ser exaustivo”, diz.
🩺Cuidado com a saúde. Segundo o Ministério da Educação chinês, desde 2011, uma reforma curricular nas escolas passou a incluir o componente de “saúde” com mais ênfase nas aulas de educação física. Entre os objetivos, estavam promover o desenvolvimento físico das crianças e dos adolescentes e melhorar os índices de sobrepeso registrados em levantamentos nacionais.
Esporte também é política
Estudantes se apresentam no campo da escola durante a cerimônia de abertura de uma reunião esportiva em Xiangyang, província de Hubei, na China
China Daily/via Reuters
É importante notar também o modo como a política acaba interferindo na prática de esportes na China. Um exemplo: em 2016, em decisão inspirada nas ideias do ex-líder Mao Tsé-Tung (1893-1976), o futebol passou a ser rapidamente implementado nas escolas para tentar tornar o país uma potência também nessa modalidade (e projetá-lo internacionalmente).
“Nas escolas, a educação física é vista como importante porque traz um componente físico, mental e espiritual. Quando falamos dos esportes de alta performance, ainda entra um quesito de soft power, de mostrar ao mundo do que a China é capaz. Resumindo, o sucesso nessa área é uma forma de exibir força nacional, elevar a saúde da população – até para casos de eventuais guerras – e alcançar projeção no mundo”, afirma Kajanus.
'Futebol Feliz': brasileiro cria projeto para crianças chinesas se divertirem no esporte
No projeto Futebol Feliz, crianças aprendem futebol por meio de brincadeiras
Arquivo pessoal/Mateus Martins
No início da reportagem, explicamos como a repetição de exercícios é levada a sério na China.
Veja só um exemplo prático contado pelo atleta brasileiro Mateus Martins, de 45 anos [citado no começo do texto], que mora há quase 20 anos em Dongguan, na província de Catão, no país asiático.
“Os exercícios que as crianças pequenas [a partir dos 6 anos] fazem envolvem subir e descer escadas várias vezes ou correr meia hora na quadra. De lição de casa, elas precisam levar a bola de basquete e quicar mil vezes. Ou pular corda mil vezes. Tudo é bem repetitivo e filmado para enviar ao professor”, conta.
Mateus, que jogava no time de futsal da cidade onde mora, criou o projeto “Futebol Feliz”: o objetivo, segundo ele, é mostrar às crianças que é possível se divertir na prática de esportes.
“As crianças já são muito pressionadas desde cedo. Não basta passarem de ano, precisam tirar 10 e entrar na melhor universidade. Elas nunca ‘respiram’ diversão na escola. É uma necessidade tão grande do resultado que o prazer de jogar já se foi”, conta.
Tanto na escolinha de futebol que abriu quanto em parcerias com o governo e com escolas, Mateus propõe uma maior leveza na atividade física. “Eu respeito muito o jeito deles [chineses], mas trago uma abordagem diferente. Não participo de competições e digo que todos os alunos são bem-vindos, melhores ou piores. Eles ficam encantados”, afirma.
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